Nunca gostei de camuflado. Ele está voltando à moda e eu * apenas observo * porque acho bélico, acho bizarro ter se transformado em algo da moda, e resumindo acho feio. Já devo ter usado camuflado em algum momento da minha vida, mas hoje acho sem cabimento.
Sei que a camuflagem tem esse subtexto de proteção, de se esconder na paisagem. Mas isso é para fins bélicos. Para mim é o bastante para não curtir.
Mas esse camuflado dazzle é algo bem peculiar, né? Um cara chamado Norman Wilkinson que inventou: ele acreditava que, sob a ótica de um periscópio, essa pintura meio cubista confundiria o inimigo em alto mar. Diz que intuitivamente ele mudou tudo: redefiniu a camuflagem, que até então era ligada ao conceito de baixa visibilidade, e incluiu uma altíssima visibilidade, o extremo oposto. Esse P&B todo modernoso deixaria o cálculo do disparo de um torpedo difícil e salvaria um navio que, do contrário, seria difícil de simplesmente esconder naquele tamanhão.
A zebra já sabia disso faz tempo…
Uma exposição que esteve em cartaz até abril em um museu em Tucson, Arizona, foi mais a fundo no camuflado dazzle e pensou a sua influência na arte, na moda e na cultura pop. Ela se chamava Dazzled: OMD, Memphis Design and Beyond.
Memphis Design