Extraterrestre soviético? Sputnik, o filme sci-fi russo

A escola de sci-fi cinematográfico russo é basicamente Andrei Tarkovsky, que dirigiu filmes clássicos nesse gênero por volta dos anos 1970. Confesso que essa é uma falha no meu repertório: não conheço muito bem os longas dele, tenho vontade de me dedicar um pouco mais a isso, mas o cult exige dedicação HAHAHAHAHA (leia-se: não são filmes facinhos, que você assiste comendo pipoca)

E para falar a verdade, apesar de me atrair por estética soviética e cultura eslava, a cinematografia russa para mim é um misteriozinho do qual eu gostaria de ser mais íntimo.

Um filme russo desse ano de 2020 que tem chamado a atenção por ser um entretenimento bacana (e não por ser cult tal qual Tarkovsky) é Sputnik, do estreante em direção de longas Egor Abramenko. Existe uma vontade nossa de dominar a narrativa dizendo: "Putz, olha aí, novidade que desde de Tarkovsky não há… Sci-fi russo!". Mentira: tem Attraction de 2017, The Blackout de 2019… Por aí vai.

Oi, gata

Oi, gata

A história é quase simples: dois cosmonautas estão voltando para a Terra. No caminho, encontram algo. Quando aterrissam, um deles sobreviveu e o outro sofreu uma violência horrorosa: teve o capacete violado e parece estar com o cérebro exposto. A gente logo entende que foi um alien que fez isso. Uma psicóloga, Tatyana (Oksana Akinshina), é escalada para resolver uma simbiose mutcho loka que está rolando entre o extraterrestre e o sobrevivente.

Muita gente tem citado o próprio filme Alien, de Ridley Scott, como uma das matrizes de Sputnik. É, de fato – especialmente no que diz respeito a militares querendo transformar uma espécie assassina sobre a qual pouco conhecem em arma. Mas existem diferenças cruciais. A primeira: aqui o alien chegou. A ameaça está de fato na Terra.

Konstantin (Pyotr Fyodorov), o cosmonauta sobrevivente

Konstantin (Pyotr Fyodorov), o cosmonauta sobrevivente

Outro: a ambientação. Não estamos na Rússia e sim na União Soviética do começo dos anos 1980. O clima de paranoia e o inimigo externo ganham novas tintas metafóricas. A gente nunca sabe quem é o inimigo real: é o bicho nojento? É o coronel (Fyodor Bondarchuk) que alistou Tatyana? O outro médico (Anton Vasilev)? O próprio Konstantin? Nesse clima de "para quem eu torço?", o espectador que não quer muitos desafios pode ficar incomodado. Para mim, que curte esse tipo de quebra-cabeça, é ótimo. Mesmo porque as coisas também vão se resolvendo naturalmente – essa batata quente não dura muito tempo.

Uma das coisas que eu acho mais legais é o equipamento soviético, a tecnologia funcional, a luz fria. Maior climão, cara!

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Assim como em Alien, Sputnik também investe em um sci-fi de horror. O resultado talvez não seja tão assustador mas funciona. Enquanto o alien de Scott violava o rosto e depois o peito, esse bichinho menor (e não menos letal) vai direto no cérebro, escalpando as vítimas. Sinistro!

Vale assistir? Vale! Mas ainda não chegou nos streamings. Você pode alugar no Amazon Prime Video com uma legenda em inglês (não está incluso na assinatura do Amazon Prime)…

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"Ao sair / do avião": séries com avião para não ter saudade de avião

Ao que tudo indica ainda vai demorar para a gente embarcar num avião de novo. Tem quem diga que, quando a situação se normalizar (seja lá o que isso signifique), o normal vai ser chegar quatro horas antes para embarcar. Outros dizem que isso é um exagero. E em suma: ninguém sabe direito o que vai acontecer com os preços, já que a princípio os aviões não podem ser totalmente ocupados por enquanto (por causa do distanciamento social) mas o preço do petróleo caiu bastante. Uma reportagem do site da CNN trata do assunto.

No objetivo de apaziguar um pouco o desejo de andar de avião (na verdade o desejo de viajar, né), resolvi falar de séries que estou assistindo (ou já assisti) e que apresentam o avião como um lugar de insegurança, perigo, tragédia. Para com essas ideias de andar de avião, menina! Kkkkkkkkkkk!

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O avião é um não-lugar: enquanto está no ar, existe em si mesmo, um trambolho pesadíssimo no meio do céu, uma comunidade isolada onde laços não são formados porque, afinal, ninguém quer formar laços em um não-lugar; todo mundo quer pertencer a algum lugar de verdade e não a um ambiente onde só vamos passar um tempo determinado. O avião é um meio para chegarmos ao nosso objetivo (um deslocamento mais rápido), mas para a maioria que tem a po$$ibilidade de andar em um, é um privilégio incômodo de comida ruim, aperto, câimbra, inchaço, dor no pescoço, desidratação. A menos que você viaje de executiva ou de primeira, né, fia? Aí, bem, só me resta dizer parabéns. Quanto a nós, é um sacrifício para chegar ao paraíso. Rumo ao sonho? Vejamos…

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Manifest - O Mistério do Vôo 828

Atualmente na Globo e também no Globoplay

Misture Lost com The 4400. Só que acrescente interpretações ruins, efeitos cafonas, subtextos cristãos. Pronto: você tem Manifest, a série péssima que deixou todo mundo viciado. Caso você ainda não tenha entrado em contato com essa droga e quer ficar de boa, nem chegue perto. Acontece que a Globo decidiu colocar Manifest no ar bem naquele momento que a gente tava fissurado em BBB20, logo depois de uma terça, dia de eliminação. Resultado: deixamos a TV ligada, ainda refletindo sobre a votação e… pronto, caímos nessa trama dublada com a profundidade de um pires.

A história: um avião que sairia da Jamaica para os EUA tem overbooking e a companhia oferece dinheiro para pessoas pegarem o próximo. Uma parte da família Stone decide ficar e a outra segue. O vôo seguinte, que é o tal 828 do título, misteriosamente some. Depois de 5 anos, quando todo mundo já achava que tinha rolado um acidente e o avião provavelmente estava no fundo do mar com todos os passageiros, acontece um milagre: ele ressurge e aterrissa, como se nada tivesse acontecido. Para os passageiros e tripulação do 828, nada aconteceu: o vôo rolou normalmente, sem intervalo de tempo. E agora? Quem explica?

Com esse intervalo de 5 anos, toda a vida seguiu: as pessoas que não estavam no vôo envelheceram normalmente, se relacionaram com outras pessoas, morreram. Enquanto lidam com esse choque, passageiros também passam a experimentar situações sem explicação: chamados de vozes do além e acontecimentos estranhos demais para serem coincidências.

Eu sei, parece ótima na sinopse. Mas acredite: não é. Só que vicia porque você quer saber até onde essa palhaçada vai chegar. Risos! Nos EUA ela já teve uma segunda temporada.

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Pesadelo a 30.000 pés

Segundo episódio da versão de 2019 de The Twilight Zone na Amazon Prime

Primeiro, é necessário dizer: sou cadelinha do Jordan Peele. Tudo que ele faz eu acho FODA. Isso inclui a nova versão de The Twilight Zone produzida e apresentada por ele. No Brasil a série clássica é conhecida como Além da Imaginação.

Pesadelo a 30.000 pés na verdade é um remake de um dos episódios mais clássicos do Twilight Zone original, Nightmare at 20,000 feet, no qual William Shatner faz o personagem principal, um homem que acha que viu um monstro na asa do avião em pleno vôo. Só que ninguém mais consegue ver o tal monstro. E pior: o homem acabou de se recuperar de um colapso nervoso que ele sofreu… em um avião. Será que ele se recuperou mesmo? Será que é uma recaída?

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Nightmare at 20,000 feet

Episódio da 5ª temporada da versão original de The Twilight Zone, no CBS All Access ou no seu torrent preferido?

O primeiro episódio já abordava a ideia de sanidade e já rendeu um outro remake em No Limite da Realidade (1983), o filme baseado em Twilight Zone. O longa traz 4 segmentos e um deles leva o mesmo nome, Nightmare at 20,000 feet. Por causa de um acidente grave de filmagem em outro segmento, que levou à morte um ator (Vic Morrow) e duas crianças, o filme ganhou a fama de amaldiçoado (ele é um dos filmes que virou destaque na série documental Cursed Films da Shudder). Nunca assisti, mas as pessoas costumam elogiar esse segmento específico do avião. E dizem que o mais engraçado é que a viagem já é um pesadelo antes mesmo do monstro aparecer: tem um moleque pentelho por perto, o personagem principal (John Lithgow) já está bem nervoso ao embarcar e por aí vai.

Questões sobre sanidade e loucura também estão no cerne da nova versão de 2019. Agora o personagem principal é interpretado por Adam Scott, e a adaptação é apenas um “aceno” para a original. Isso porque o monstro é mais real aqui: o passageiro encontra um MP3 player antigo com um podcast (?!?), começa a ouvir e percebe que o áudio, desses de investigação sobre acidentes, está se referindo ao vôo em que ele está mas no passado, dizendo que o avião desapareceu. Ele continua a ouvir para tentar resolver e fazer com que esse destino descrito no podcast não aconteça. Mas, claro: ele também está em recuperação pós-trauma. E ninguém mais ouve o podcast fora ele. Será que ele está fora de si, criando coisas na cabeça por conta de stress?

Resumindo: é bom. Mas como eu disse: alerta cadelinha do Jordan Peele. Será que a minha opinião é imparcial? Será que estou no controle da minha sanidade? Hahahahahahaha!

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Noite Adentro

Na Netflix

Nem bem comecei a ver e já estou fascinado nessa série belga que entrou faz pouco tempo na Netflix. É muito boa: ela conta a história de um vôo previsto de Bruxelas para Moscou que é sequestrado por aparentemente um oficial da Otan. O cara tem seus motivos para o sequestro: possui informações privilegiadas de uma tragédia humana que está acontecendo por todo o planeta. Simples assim: quem estiver em lugar atingido pelo nascer do sol vai morrer. O objetivo dele é viajar o quanto puder no avião, noite adentro (hein, hein?), para sobreviver ao não ficar exposto ao sol. Só que o vôo é sequestrado quando alguns passageiros já tinham embarcado. Tumulto-babado-confusão-questões-pessoais. Amo!

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Fenda no Tempo

Em inglês: The Langoliers - eu assisti por meios, er, excusos…

Se Manifest é ruim, ela tem uma herdeira: The Langoliers tecnicamente é uma minissérie porque é dividida em duas partes (longas, por sinal, é quase 3 horas ao todo), e é um pouco melhor porque tem uma vantagem babadeira. É baseada num livro do Stephen King de mesmo nome!

A história de 1995 dirigida por Tom Holland (simplesmente o cara que escreveu A Hora do Espanto original, de 1985) tem um quê de Leftovers e na verdade pode ter inspirado Manifest, Lost e outras: um avião sai de Los Angeles para Boston, mas no meio do caminho uma das passageiras, uma garota cega, acorda e percebe que… quase todos que estavam no avião sumiram. Sobraram só 10, que estavam dormindo, então eles nem viram como os outros “evaporaram".
As interpretações são ruinzinhas mas o que pega mesmo são os efeitos especiais. Se um designer doido da rave que se vestia na A Mulher do Padre nos anos 1990 e recebesse a encomenda de criar uns monstrinhos com a boca enorme cheios de dentes em 3D, ele faria exatamente esses efeitos especiais de Langoliers. Mas confesso que me entretive nessas 3 horas…
Dizem que King tem medo de avião e isso o inspirou para a história de The Langoliers, que no fundo é interessante. Se você não liga para essa coisa de efeito especial noventista (do tipo que assistia Charmed e achava bem normal), acho que até vai gostar.

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Lost

Que infelizmente saiu da Netflix - acho que tem na Claro Video

Não podia deixar de falar de Lost. A série que, dizem, mudou tudo. Se você nunca se viciou em Lost e não se meteu na polêmica sobre o final (que alguns acham ótimo e outros acham horrendo), não dá para se considerar nerd de séries. Lost foi o Game of Thrones dos anos 2000, o motivo pelo qual muita gente aprendeu a mexer (e principalmente procurar teorias) em fórum de internet.
Sou um caso à parte: não tenho uma opinião tão apaixonada assim a respeito do fim da série. Acho legal. E acho que o Damon Lindelof se superou com Leftovers e Watchmen - essas sim, dois xodós meus.
E acho que essa quarentena é uma boa oportunidade para quem ainda não viu Lost (sei lá, a Geração Z?) maratonar.

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Comida para distrair (e pensar)

Na quarentena a gente volta pro básico, né: comer e dormir. A gente já estava falando muito de comida antes, vide Masterchef e o sucesso de programas culinários no canal a cabo. Aí a discussão já estava ficando mais profunda, com Paola Carosella e principalmente a Rita Lobo (um beijo, Wolf!) soltando o verbo no Twitter, em outras redes sociais e em entrevistas a respeito do significado da comida e do quanto a gente é prejudicada pelos ultraprocessados e por essa ideia de que fazer comida é um fardo desnecessário.

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Mas confesso: eu mesmo não gosto de cozinhar. Por nunca ter aprendido de verdade, pra mim é tudo muito complicado, uma alquimia misteriosa com a qual não me relaciono direito. Minha sorte é que casei com alguém que gosta de cozinhar e que prepara coisas incríveis! A ideia de demonstrar amor a partir da cozinha me atrai demais - é algo que foi bastante falado pelo Babu Santana no BBB20, né?

Babu na cozinha VIP do BBB20 - na qual, diga-se de passagem, ele cozinhou pouco…

Babu na cozinha VIP do BBB20 - na qual, diga-se de passagem, ele cozinhou pouco…

Ao mesmo tempo tenho um fascínio por comida. Amo comer. E uma das coisas mais importantes para mim quando viajo é comer coisas locais. Fui muito feliz em Tóquio, em Kyiv (que você conhecia por Kiev), em Florença. Nem tanto em Roma (me decepcionei um pouco, mas ao mesmo tempo descobri a alcachofra à moda judia, fritinha, uma maravilha). Amo a comida asiática de Londres (a comida inglesa, confesso, é meio uó) e de Berlim. Fiquei doido pela comida paraense quando fui pra Belém.

Os significados da comida ficaram ainda mais realçados num momento de pandemia, quando comer é uma das poucas coisas às quais a gente consegue se agarrar para se entreter, muito mais do que apenas se nutrir. Comer é prazeroso, divertido, didático; e é um ótimo assunto para puxar papo na reuniãozinha do Zoom com os amigos ("Você tá fazendo pão? O que era aquilo que você publicou nos stories ontem? Parecia fantástico!").

Uma coisa que já tinha percebido antes e está me pegando cada vez mais agora é que a variedade de programas de gastronomia é tanta que acho que, mesmo que o assunto não te atraia de primeira, algum deles acaba te agradando. Nessa quarentena vários têm sido meus companheiros. Vou te mostrar!

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Café, Almoço e Jantar

Na Netflix

Ignore o primeiro episódio, que é maconheiro demais para quem está sóbrio. O chef David Chang viaja para algumas cidades do mundo com pessoas famosas e se relaciona com a cultura (e comida, claro) dos locais. O destaque fica para o último episódio dessa primeira temporada, com a Kate McKinnon do Saturday Night Live: eles vão para o Camboja e percebem que a gastronomia local diz muito sobre a história recente do país.
Ah, e assista ao Ugly Delicious, com o mesmo David Chang: é tudo!

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A História da Alimentação no Brasil

Na Amazon Prime

A série da Heco Produções é baseada no livro de Câmara Cascudo e o título é autoexplicativo. Acho muito bom quando relacionam a história da comida com a história do local onde essa comida é servida. Só assisti ao primeiro episódio até agora, que é sobre a mandioca, mas já estou empolgado para ver mais. Lembra a série É Por Quilo do Nexo, que também é ótima e está disponível no YouTube (abaixo!). Mas A História da Alimentação no Brasil pretende ser mais enciclopédica, tem um tom mais documental.

Programas de culinária sempre são hipnotizantes para mim (só que eu não aprendo, fico assistindo e pensando "MEU DEUS, ele me falou como fez e mesmo assim não tenho ideia de como ele chegou nisso"). Sou fissurado em Food Network, na própria Rita Lobo também (a minha mãe é fã mas nunca segue o que ela fala: “A Rita disse para eu colocar coentro mas eu não quis, coloquei salsinha. E ela falou que era para colocar quatro ovos, mas eu só tinha três"). Acho que ficaria sem sentido incluir todos os que gosto nessa lista, mas vou colocar um que comecei a assistir agora (chegou na Netflix faz pouco tempo) e amei demais.

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Cozinhando com Nadiya

Na Netflix

O que eu gosto na Nadiya Hussain é que tudo pode. Até batata enlatada! Ela é adepta do "quanto menos tempo você gastar na cozinha, melhor", sem abrir mão do sabor, claro. Suas receitas têm um senso de praticidade que é charmoso - você sente que ela realmente quer te ajudar. Uma aliada! Isso deixa o programa mais humano. Para mim é muito irritante quando alguém está ensinando uma receita na TV e sai cortando o legume bem bonitinho como se tivesse nascido com esse talento. Ou pior: quando a cebola aparece magicamente cortada numa tigelinha! Affff! A Nadiya procura facilitar as coisas ao máximo: se der para fazer a receita sem cortar o legume, ela fará.
Tem outra chef que é quase assim mas dá pra sentir a experiência dela na cozinha: a Rachel Ray. Ela tem um programa no Food Network, esse aqui:

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Refeição em 30 Minutos

No Food Network

A premissa é muito boa: Rachel Ray prepara uma refeição em 30 minutos corridos, que às vezes inclui até sobremesa. Só que, claro, ela é uma expert. Assisto e fico calculando mais 15 minutos para cada coisa no meu caso. Até eu achar o liquidificador já são mais 5…

E tem as séries, né? Já falei de Midnight Diner aqui, que é maravilhosa. Tem outra que acho ruim mas assisto mesmo assim (???) e vou recomendar para vocês também (?????).

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Samurai Gourmet

Na Netflix

Por que estou recomendando? Porque tem uma parte que é ótima: o recém-aposentado Takeshi (Naoto Takenaka) decide que é hora de comer o que quiser por aí, e cumpre à risca. Só que tem um problema: a metáfora do tal samurai (Tetsuji Tamayama), que aparece em pessoa na série, e simboliza o ímpeto dele de "fazer o que quiser como um samurai faria”. A trama é baseada num mangá, e no mangá essa fantasia do samurai pode até funcionar, mas num live action fica uma coisa meio… Trapalhões?
Então faça como eu: quando o samurai aparece, dá uma checada no Twitter.

Agora, um dado interessante: esse não é o único mangá de Masayuki Kusumi que inspirou uma série. Tem esse também…

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Essa é a capa da edição nacional, inclusive!

Gourmet é da editora Conrad

Gourmet acabou gerando uma outra série, a The Solitary Gourmet. Dessa vez quem sai por aí experimentando as comidas é um executivo de vendas. Na internet eu só consegui encontrar com legenda em chinês, então, er… Não sei se é bom. O mangá é muito legal, amo!

E tem reality show de comida? Tem sim. Mas desculpa, não estou acompanhando o da Globo, depois de BBB tá rolando um detox. Hahahahahahaha!

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The Final Table

Na Netflix

Não tão novo mas divertido. The Final Table tem aquela coisa que existe em todo reality show: um storytelling (ou uma tentativa disso) que vai mostrando características dos participantes e transforma-os em personagens. Então tem o que você adora, o que você simpatiza, o que você não curte e o que você quer que saia imediatamente da sua frente (no meu caso, era essa loira da foto). A competição em duplas, com chefs profissionais, tem mais um elemento bacana: cada episódio é relacionado com a culinária típica de um país. E no do Brasil, eles chamaram a Alessandra Ambrósio para experimentar os pratos e opinar. Achei engraçado: pedir para uma modelo falar sobre comida é tipo pedir para um médico elaborar opinião sobre cigarros, né? “E aí, Drauzio? Qual é mais gostosinho, o light ou o Marlborão?”

Já o Mandou Bem para mim é um pouco cansativo: você investe tanto naquelas pessoas para no episódio seguinte aparecerem outras 3? Devia ser uma coisa em série com eliminações semanais para me pegar. É engraçado, mas não prende minha atenção.

E você, está assistindo algo? Aproveita e ouve meu podcast, o último episódio que saiu do Quatrilho traz quatro músicas que falam de comida!

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