Sorry pela ausência com um parabéns para ele, o capricorniano mais lindo: ELVIS PRESLEY

Feliz 2020!

Desculpa aí, coisas aconteceram (muitas, acredite), fui para Roma (mais sobre isso em breve), piriripororó.

Então, só para lembrá-los que ainda existo, aqui vai um vídeo do The Cramps (tudo na vidaaa) fazendo uma versão de Heartbreak Hotel. Já que no próximo dia 8/01 Elvis Presley completaria 85 anos!

Que 2020 não seja punk mas seja tão divertido quanto uma música punk!

40 anos de London Calling

No próximo dia 14/12, vai fazer exatos 40 anos que o The Clash lançou London Calling. O punk não seria mais o mesmo: com ele, tudo se misturaria e a ideia do pós-punk se consolidaria.

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A influência já começa na capa. Que na verdade é inspirada em outra capa influente.

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A do disco de Elvis Presley de 1956

O primeiro álbum do rei ficou 10 semanas em primeiro lugar na parada de álbuns pop da Billboard e transformou-o em astro de âmbito nacional

Em London Calling, quem aparece na capa é o baixista Paul Simonon quebrando seu Fender Precision Bass. Quem tirou a foto em um show em NY foi Pennie Smith. Muitos consideram esse clique o "mais importante da história do rock", o que pode ser exagero, mas é resultado de uma sequência de coincidências. Pennie estava acompanhando a turnê norte-americana do The Clash já fazia duas semanas mas ficou o tempo todo até então do outro lado do palco, perto do guitarrista Mick Jones. Naquela noite, decidiu ficar do lado de Simonon, que estava de mau humor - o que não era costumeiro da parte dele. Aí, quando ela estava com a sua Pentax na mão, ele levantou o baixo, virou de costas para Joe Strummer e… Clique. Pennie diz que a audiência não estava exatamente receptiva ao show naquela noite, todos sentados em seus lugares sem se mover, então isso foi uma reação a essa apatia.

Foi Strummer quem escolheu a foto para a capa no ônibus da turnê da banda, no dia seguinte. Pennie tentou argumentar: “Está completamente fora de foco! Não vai funcionar!” Não adiantou e fez-se história.

The Clash é a outra metade do clássico punk inglês. Se o Sex Pistols era niilista, The Clash era político até a medula. Existiu de 1976 a 1986. Strummer morreu no fim de 2002 acabando com qualquer esperança de uma volta da banda - existia essa possibilidade, eles estavam planejando. Os integrantes remanescentes se reúnem esporadicamente: em 2013, Mick Jones, Paul Simonon e Topper Headon participaram de um programa da BBC Radio 6 Music, por exemplo. Simonon e Jones tocaram juntos em uma faixa do Gorillaz de 2010, outro exemplo. E por aí vai.

London Calling
é citado como inspiração para bandas das mais diferentes vertentes: U2, Beastie Boys, Pet Shop Boys. A mistura de ska, rockabilly, reggae, jazz e punk também pinta em bandas nacionais: é nítido que os Paralamas do Sucesso beberam dessa fonte; é provável que o Skank também ouvia esse álbum no começo da história do grupo.

Está em cartaz no Museu de Londres uma exposição babadeira até 19/04 chamada The Clash: London Calling, na qual até o baixo quebrado da capa está enquadrado. Talvez eu vá! Não sei se vai dar tempo. Tenho uma relação com esse álbum mais de importância histórica (ele foi um dos prenúncios da segunda invasão britânica nas paradas norte-americanas) do que realmente de amor.

Mas ouvindo agora, penso… talvez eu o ouça mais e ame? <3 kkkkk

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Onde o forró, o brega e o punk se encontram: Getúlio Abelha

Getúlio Abelha já está por aí desde 2017 e como é que a gente ainda não conhecia? Fui no show que rolou em SP ontem, 21/11, e que bom que eu fui! Foi o meu marido que me avisou que era legal - Getúlio nasceu no Piauí mas mora em Fortaleza desde 2012, e como tudo que tem a ver com o Ceará a gente amou <3

Getúlio é o desenvolvimento de uma cena, um filho do indie dos anos 2000, só que contemporâneo nas questões que aborda. Lembra que no Popload que aconteceu esse mês a Lovefoxxx, vocalista do Cansei de Ser Sexy, comentou que hoje não ia poder fazer música sobre a Paris Hilton? É bem por aí: Getúlio faz música sobre sexualidade e gênero, sobre costumes e preconceitos - inclusive os induzidos por instituições religiosas. E não perde nem o humor, nem a musicalidade e a comunicação visual, que são ricas no mix da cultura popular nordestina com referências do punk, do gótico, do electro.

E misturar hits de Dorgival Dantas, Magníficos e outros no show é maravilhoso.
Desculpa não ter avisado dessa vez sobre o show, não sabia que era tão bom. Fica ligado para não perder de uma próxima!

Ah, e alguma coisa em Getúlio me lembra o português Conan Osíris. Então leia mais sobre o Conan Osíris aqui!