The Coffee é japonês?

A resposta curta é: não.
Você sabe o que é o The Coffee, né?

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O novo lugar preferido dos hipsters e simpatizantes na verdade nasceu em Curitiba e tem se expandido no formato franquia. A inspiração é obviamente japonesa - afinal, eles escrevem o nome do lugar também em um dos alfabetos japoneses, o katakana, e o endereço do site é .jp!

The Coffee está em plena expansão: já tem 4 em Curitiba e 5 em SP, com mais aberturas planejadas. O interessante: em SP está quase tudo concentrado na Zona Oeste-Centro, e ainda nenhum na Liberdade. Fica a dica para o empreendedor que quer abrir franquia…

Experimentei o Spice Latte e o Nut Latte, ambos bem gostosos. Já ouvi que especialista acha que o café em si não é tão bom. Tô nem aí, eu quero é gostinhosss kkkkk (Faz um tempo que não tomo café depois do café da manhã em si, só em raras ocasiões, e isso faz um bem danado para controle de ansiedade e sono, viu?)
Ah, e quem é frila: que tal experimentar uma experiência de barista? Parece que existe uma coisa de horário alternativo no The Coffee, tipo trabalhar num turno menor e em menos dias da semana. Hum. Que tal? Vai no site e vai que.

Dois lugares para comer lamen em SP que não estão na maioria das listas

Sim!
Porque a gente continua o quê? Viciado em lamen, sempre.

Recentemente fui em dois lugares de lamen em SP que ainda não tinha ido e, bem, se eu ainda não tinha ido, talvez você também não tenha.
Vamos a eles!

Tonkotsu Barikote Ramen Maru

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Ave, que tudoooo @tonkotsulovers 🍜 #ramen #lamenlovers

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Para quem gosta de um caldo mais encorpado: como o nome já diz, aqui o caldo é a base de osso de porco, que fica cozinhando por horas e horas. Gostei bastante do cardápio, e o lugar me lembra bastante os ramen-ya do Japão: apenas um balcão, sem frescura, comida de qualidade. O guioza também é gostoso e não deixe de experimentar o mini choux cream de melão que eles revendem da @cake.ya! E tem domburi também: não experimentei mas fiquei com vontade!
O Tonkotsu Barikote já existe faz um tempo mas, my bad, só descobri agora via um Instagram muito especial que recomendo, o @ramen_brazil, que documenta lamens pelo Brasil. Vale o follow!
Tonkotsu Barikote Ramen Maru fica na r. José Maria Lisboa, 118, pertinho da Brigadeiro Luis Antonio.

Tamashii Ramen

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🍜 hoje

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O Tamashii Ramen existe a menos tempo e tem a vantagem, para a minha pessoa, de ficar no CONDADO DE PINHEIROS, ou seja, perto da minha humilde residência.
Mas não é só: o lamen é bem bom mesmo e dá para ver que o pessoal do Tamashii curte estudar, porque tem uma minibiblioteca na entrada com publicações japonesas sobre lamen (tipo aquelas revistas que escolhem os melhores lamens do ano no Japão) e livros do ícone David Chang, claro, reizinho do lamen moderno para os hipsters-lamen-lovers.
O ambiente, aliás, é todo moderninho, mix de otaku com hipster. As entradas também são gostosas, mas o lamen é a grande estrela da festa. Recomendo fortemente.
Tamashii Ramen fica na r. Mourato Coelho, 53, pertinho da rua dos Pinheiros (e do metrô Fradique Coutinho!).

O mais legal desses dois lugares é que eles saem do circuito da Liberdade de lamens. Mas não tem jeito, a gente continua apaixonado pelo Lamen Kazu - segue sendo o meu preferido.
Caiu de paraquedas aqui e quer mais ideias de lugares para comer lamen? Vem comigo:

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Lamen Kazu

O meu preferido, na rua dos restaurantes mais legais da Liberdade, a r. Thomaz Gonzaga, 87. Também tem uma unidade na al. Santos, pertinho da Paulista!

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Aska

Eu não gosto, mas tem tanta gente que ama que não dá para ignorar. Fica na r. Galvão Bueno, 466, e a vantagem é que ele é bem mais barato que os outros! E sim: tem o lamen do Naruto (saiba mais clicando aqui)

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Porque Sim

Quase nunca vou para comer lamen no Porque Sim, mas é uma boa opção quando você está com mais gente e cada um está com vontade de uma coisa. O Porque Sim, que fica na r. Thomaz Gonzaga, 75, também tem outros pratos quentes e sushi. É tudo gostoso! No mesmo estilo, tem o meu querido Samurai, na r. da Glória, 608

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Hirá

Fica na Vila Madalena, na r. Fradique Coutinho, 1240. Gosto muito também: o chef sempre está se atualizando, indo para o Japão toda hora para estudar o lamen. Emprego dos sonhos… <3 E os drinques do Hirá também são bons, viu?

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Ikkousha

Diretamente de Hakata, Japão, para o Brasil: ele é especializado em tonkotsu e recomendo fortemente os apimentados e os com pasta de gergelim preto. Delícia! Fica na r. Thomaz Gonzaga, 45. E experimenta o guioza também, que é uma gostosurinha!

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Hidden by 2nd Floor

Confesso que só fui umas duas vezes porque sempre foi meio fora de mão para mim, mas acho gostoso sim! Agora que trabalho em Moema, nunca lembro dele. Quem sabe agora que estou incluindo-o aqui? Fica na al. dos Nhambiquaras, 921

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Jojo Ramen

A fila continua gigante? Até gosto, mas fico com bode das filas. Estou com vontade de ir no Jojo Lab, o filhote do Jojo Ramen que acabou de abrir, mas também com medo que a fila seja tão grande quanto. O Jojo Ramen fica na r. Dr. Rafael de Barros, 262

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Mugui

Um dos segredos mais ou menos bem guardados da Liberdade: o Mugui é especializado em pratos japonês com macarrão, do lamen ao sobá. Clima (e gosto) de casa da batchan! Fica um predinho da r. da Glória, 111, 1º andar

Não, eu não coloquei todos os lamens de SP aqui.
E é deliberado: tem uns que não gosto mesmo! kkkkkkkkkk
kkkkkkkkkkkkk
Sorry not sorry!

Se você chegou até aqui, talvez se interesse em saber que o nosso querido Meu Udon reabriu em outro endereço!

&
#lamenlovers, uni-vos!

O lamenzinho é uma realidade

Sim, e ele se chama Lamenzinho.

Queria dizer que concordo com o Cup Man (o mascote do Cup Noodles): o Lamenzinho é chato.
A criação é da agência Dentsu Brasil, que cuida de outras marcas supernipônicas tipo Toyota, Ajinomoto…
Confesso que sou mais o Hiyoko-chan, pintinho mascote do clássico chicken ramen.

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Um clássico

Ainda vou tatuar Hiyoko-chan

E além de tudo Hiyoko-chan é satanista, olha que fofura:

É isso! Lamenzinho, você precisa de mais heavy metal para ficar mais legal.

Fui para Belém e esqueci de vocês

Sim, não teve post durante esse tempinho porque estava passeando em Belém!
Não tenho dicas turísticas muito diferentes do comum, do que você vai encontrar por aí nos guias e pela interwebsss, mas decidi falar um pouco da minha experiência em forma de dicas porque o povo adora uma dica, né? Mesmo que seja repetida! kkkk Então vamos a elas:

#1: Não vá no restaurante do Mangal das Garças

O Mangal das Garças é bem lindo, você deve ir se puder. Porém o restaurante Manjar das Garças é bem mais ou menos e caríssimo. O lado bom é que tem vários pratos no buffet e você pode experimentar tudo numa tacada só. Porém mais bacana comer em lugares mais, digamos, típicos, sem guardanapo de pano, não?
Tem um outro restaurante no Mangal, mais para o fundo dele, perto do borboletário. Não sei se é bom pois não comi lá, mas sem dúvida é mais barato, se bater a fome.
Ah, tem atrações pagas lá, tipo o próprio borboletário, a torre… Na minha opinião vale pagar, é só R$ 5 cada. É tudo bonito.

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Paulistano é foda

Não pode ver um calanguinho que já sai batendo foto

#2: Deixe o regime de lado

Preciso evitar comer muito por recomendações médicas - reprovei no exame de check-up kkkk MAS uma das coisas mais evidentes na cultura paraense é que a culinária é muito rica. Então pula o regime enquanto estiver lá. Amei tacacá (foto 2, meus colegas de viagem odiaram), gostei de açaí com peixe (foto 1, meus colegas de viagem odiaram parte 2), curti a dormência que fica na boca com o jambu. Pato no tucupi foi mais complicado porque não gosto de pato. Só que acho que você devia experimentar de qualquer jeito. Ah, e também adorei arroz com maniçoba, só não comi mais porque… regime! Afff!
E peixe: coma peixe. O filhote de lá é tudo.

#3: OK, mas então onde comer?

Olha, eu comi duas vezes no mercado Ver-o-Peso, que é mais ou menos como comer num boteco no sentido de ambiente, conforto e animação - se você não tiver frescura recomendo fortemente. E existe outra dica, dada por um uberista, que foi show.

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Esperando a bóia das lindas

Filhote, um peixe que adotaríamos

#4: Converse com o uberista, com o taxista, com a vendedora da barraquinha de tapioca, com a mesa do lado - converse

Foi conversando com o pessoal e superando a antissocialidade que a gente descobriu, por exemplo, o Apoena, que recebe a alcunha de centro cultural mas para a gente funcionou como um bar com música ao vivo. Tem comida (típica) e quando a gente foi tava tocando um caribó mara. Dá para ver que ele é frequentado por locais, então melhor ainda. Só que não sei quando você vai ver esse post e as coisas mudam de tempos em tempos. Sorte a nossa que o povo do Pará, pelo que percebi, gosta muito de falar sobre a própria cidade e cultura, gosta de indicar lugares. O taxista também tinha indicado, por exemplo, o Mormaço, que fica do lado do Mangal das Garças - parece que ia rolar uma aparelhagem ou algo assim lá, mas acabamos perdendo a hora porque o fervo ia acontecer meio que cedo. Pelo nome já dá vontade de ir, né? Mormaço!!!

Caribó no Apoena

Caribó no Apoena

#5: As coisas levam tempo

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Prédio que a gente achou

entrando numa porta que a gente nem sabia se podia entrar no Museu de Arte Sacra

A gente foi com um casal de amigos e a nossa amiga Camila Barros falou uma coisa que ficou na minha cabeça: Belém é uma cidade de texturas. Não é aquela coisa bonitinha restaurada. Para observar e ver a beleza disso você precisa ver as coisas com calma, não adianta passar por tudo correndo. Mesmo a gente, que foi em somente um fim de semana, curtiu os tempos um pouco mais estendidos. Observe. E para observar direito, se acalme, adapte-se a outro ritmo. Não adianta ver tudo rápido e ir ticando na listinha - no fim, você vai ter uma lista toda ticada e poucas experiências de fato.

#6: Como é o Ver-o-Peso na real?

É um mercado de verdade. E com isso quero dizer que não é um espaço gourmetizado e limpo, tipo o Mercado Municipal de SP depois da reforma. Tem cheiros, tem vida, tem frequência, em uma parte dele parece um camelódromo. E também existe a parte do artesanato local, a parte das mesinhas para comer ou beber uma cerveja, a parte das águas de cheiro, dos banhos de ervas… Ah, todo mundo diz para puxar papo com a dona Coló. A gente não puxou - acho que ela estava meio aérea, nem estava na barraca dela direito. Acontece.
E não esquece de atravessar a rua e ir no Mercado de Ferro, uma estrutura muito linda. É lá que vendem carne. A gente viu um restaurante lá dentro, também, mas não comemos. Deve ser bom!

Mercado de Ferro

Mercado de Ferro

#7: E os museus?

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São Miguel Arcanjo

No Museu de Arte Sacra

Quando fui no Museu de Arte Sacra já estava curtindo muito a cidade, então dificilmente ia achar ruim. É bem bacana, principalmente por causa da alta carga católica da cidade - você percebe isso inclusive pela quantidade de padre e freira que circula por lá, mesmo fora da época do Círio. Então acho que faz parte para entender essa questão da religiosidade de Belém, principalmente se você não foi para lá por causa do Círio.
Também fui no do Forte, é pequeno mas também acho que vale - reúne achados arqueológicos encontrados em escavações na própria área do Forte, que pelo que entendi antes foi um assentamento indígena.
Dica: nessa região do centro antigo, vá bem cedo. Às 13h estava tudo fechando!

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Muiraquitãs

no museu do Forte

#8: E a Estação das Docas?

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Cada Cairu que passa

é um copinho novo

Se você quiser muito curtir um ar condicionado, tomar uma Amazon Beer e um sorvete da Cairu, OK. Se não for esse o caso…
Aliás, Cairu: é verdade esse bilete, tem que tomar sorvete toda vez que passar na frente da sorveteria Cairu, experimentar todos os sabores, é mesmo uma delícia, arrase. Existem várias espalhadas pela cidade.
E quanto à cerveja: tome a Tijuca, é uma delícia, e é a que os locais também gostam pelo que notei. Amazon Beer não experimentei, fiquei tão doido na Tijuca que nem liguei para as outras.

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Isso não é um publi

mas poderia: fica a dica para a Tijuca

#9: Você gostou?

Amei e voltaria. Que bom que o Brasil tem Belém do Pará. Recomendo fortemente. Em um momento em que está tão difícil ser patriota e ter orgulho do país, Belém é uma joia. Obrigado por existir!

O lamen do Naruto

Esse post é uma sugestão de Eduardo Viveiros, o nome por trás de Calma.
E trata-se disso:

Queria deixar claro que adoro o Naruto, adoro otakus, adoro tudo.
Mas vamos explicar um pouco melhor do que se trata o lamen do Naruto, então?
Para começo de conversa, o lamen do Naruto é um dos lamens mais comuns que existe, o missô lamen, ou lamen à base de missô (que vem a ser a pasta fermentada de soja com outros ingredientes, base também daquela sopinha missoshiru). Você pode fazer em casa? Até pode, mas em teoria não fica tão bom quanto o do restaurante, onde eles fazem o caldo por horas e horas cozinhando um monte de coisa (a receita varia de restaurante para restaurante mas pode ter osso, carne de porco, cogumelo etc etc.).

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O restaurantezinho Ichiraku Ramen, que é o preferido do Naruto, é uma homenagem a um restaurante real que o criador do mangá, Masashi Kishimoto, frequentava quando estava na universidade. Só que esse específico fechou - ficava em Fukuoka. Parece que era uma rede e tem outras unidades ainda abertas.

Mas se eu disse que o lamen do Naruto é um dos mais comuns do mundo, então eu vou encontrar em todo lugar, certo?
Não é bem assim. Tem um pequeno detalhe.

Isso é naruto

Isso é naruto

Sim: o nome do Naruto vem disso daí, o naruto ou narutomaki. É uma "massa de peixe", do mesmo jeito que kanikama é uma "massa de caranguejo".
Se você pensou "salsicha", bom, é mais ou menos por aí mesmo.
O naruto geralmente tem esse formatinho, que eu acho que é para agradar o público infantil.
Acontece que narutomaki não é algo considerado muito, hum, gourmet - para usar uma palavra da moda. Então os restaurantes de lamen não costumam incluí-lo na receita, apesar de ser algo muuuuito tradicional. Isso quer dizer que a casa da batchan (vovó em japonês) tem; no restaurante (pelo menos nos de São Paulo) não.
Só que no anime Naruto tem naruto no lamen, então o lamen do Naruto… tem que ter naruto!

Como eu já expliquei lá em cima, o caldo do restaurante fica horas sendo preparado. Então você tem duas opções: fazer em casa mesmo e paciência, está cheio de receita na internet e em vendinhas nipônicas dá para encontrar pozinhos bem mais próximos do ideal (e bem distantes do pozinho do miojo que o brasileiro conhece bem). Nessas mesmas vendinhas você acha o narutomaki - corte-o em fatias finas e pronto.
Oooou… você pode levar o seu naruto cortadinho num tupperware para o restaurante. Ah. Nada impede, né?

Nham!

Nham!

Bônus: