Fui para Belém e esqueci de vocês

Sim, não teve post durante esse tempinho porque estava passeando em Belém!
Não tenho dicas turísticas muito diferentes do comum, do que você vai encontrar por aí nos guias e pela interwebsss, mas decidi falar um pouco da minha experiência em forma de dicas porque o povo adora uma dica, né? Mesmo que seja repetida! kkkk Então vamos a elas:

#1: Não vá no restaurante do Mangal das Garças

O Mangal das Garças é bem lindo, você deve ir se puder. Porém o restaurante Manjar das Garças é bem mais ou menos e caríssimo. O lado bom é que tem vários pratos no buffet e você pode experimentar tudo numa tacada só. Porém mais bacana comer em lugares mais, digamos, típicos, sem guardanapo de pano, não?
Tem um outro restaurante no Mangal, mais para o fundo dele, perto do borboletário. Não sei se é bom pois não comi lá, mas sem dúvida é mais barato, se bater a fome.
Ah, tem atrações pagas lá, tipo o próprio borboletário, a torre… Na minha opinião vale pagar, é só R$ 5 cada. É tudo bonito.

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Paulistano é foda

Não pode ver um calanguinho que já sai batendo foto

#2: Deixe o regime de lado

Preciso evitar comer muito por recomendações médicas - reprovei no exame de check-up kkkk MAS uma das coisas mais evidentes na cultura paraense é que a culinária é muito rica. Então pula o regime enquanto estiver lá. Amei tacacá (foto 2, meus colegas de viagem odiaram), gostei de açaí com peixe (foto 1, meus colegas de viagem odiaram parte 2), curti a dormência que fica na boca com o jambu. Pato no tucupi foi mais complicado porque não gosto de pato. Só que acho que você devia experimentar de qualquer jeito. Ah, e também adorei arroz com maniçoba, só não comi mais porque… regime! Afff!
E peixe: coma peixe. O filhote de lá é tudo.

#3: OK, mas então onde comer?

Olha, eu comi duas vezes no mercado Ver-o-Peso, que é mais ou menos como comer num boteco no sentido de ambiente, conforto e animação - se você não tiver frescura recomendo fortemente. E existe outra dica, dada por um uberista, que foi show.

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Esperando a bóia das lindas

Filhote, um peixe que adotaríamos

#4: Converse com o uberista, com o taxista, com a vendedora da barraquinha de tapioca, com a mesa do lado - converse

Foi conversando com o pessoal e superando a antissocialidade que a gente descobriu, por exemplo, o Apoena, que recebe a alcunha de centro cultural mas para a gente funcionou como um bar com música ao vivo. Tem comida (típica) e quando a gente foi tava tocando um caribó mara. Dá para ver que ele é frequentado por locais, então melhor ainda. Só que não sei quando você vai ver esse post e as coisas mudam de tempos em tempos. Sorte a nossa que o povo do Pará, pelo que percebi, gosta muito de falar sobre a própria cidade e cultura, gosta de indicar lugares. O taxista também tinha indicado, por exemplo, o Mormaço, que fica do lado do Mangal das Garças - parece que ia rolar uma aparelhagem ou algo assim lá, mas acabamos perdendo a hora porque o fervo ia acontecer meio que cedo. Pelo nome já dá vontade de ir, né? Mormaço!!!

Caribó no Apoena

Caribó no Apoena

#5: As coisas levam tempo

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Prédio que a gente achou

entrando numa porta que a gente nem sabia se podia entrar no Museu de Arte Sacra

A gente foi com um casal de amigos e a nossa amiga Camila Barros falou uma coisa que ficou na minha cabeça: Belém é uma cidade de texturas. Não é aquela coisa bonitinha restaurada. Para observar e ver a beleza disso você precisa ver as coisas com calma, não adianta passar por tudo correndo. Mesmo a gente, que foi em somente um fim de semana, curtiu os tempos um pouco mais estendidos. Observe. E para observar direito, se acalme, adapte-se a outro ritmo. Não adianta ver tudo rápido e ir ticando na listinha - no fim, você vai ter uma lista toda ticada e poucas experiências de fato.

#6: Como é o Ver-o-Peso na real?

É um mercado de verdade. E com isso quero dizer que não é um espaço gourmetizado e limpo, tipo o Mercado Municipal de SP depois da reforma. Tem cheiros, tem vida, tem frequência, em uma parte dele parece um camelódromo. E também existe a parte do artesanato local, a parte das mesinhas para comer ou beber uma cerveja, a parte das águas de cheiro, dos banhos de ervas… Ah, todo mundo diz para puxar papo com a dona Coló. A gente não puxou - acho que ela estava meio aérea, nem estava na barraca dela direito. Acontece.
E não esquece de atravessar a rua e ir no Mercado de Ferro, uma estrutura muito linda. É lá que vendem carne. A gente viu um restaurante lá dentro, também, mas não comemos. Deve ser bom!

Mercado de Ferro

Mercado de Ferro

#7: E os museus?

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São Miguel Arcanjo

No Museu de Arte Sacra

Quando fui no Museu de Arte Sacra já estava curtindo muito a cidade, então dificilmente ia achar ruim. É bem bacana, principalmente por causa da alta carga católica da cidade - você percebe isso inclusive pela quantidade de padre e freira que circula por lá, mesmo fora da época do Círio. Então acho que faz parte para entender essa questão da religiosidade de Belém, principalmente se você não foi para lá por causa do Círio.
Também fui no do Forte, é pequeno mas também acho que vale - reúne achados arqueológicos encontrados em escavações na própria área do Forte, que pelo que entendi antes foi um assentamento indígena.
Dica: nessa região do centro antigo, vá bem cedo. Às 13h estava tudo fechando!

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Muiraquitãs

no museu do Forte

#8: E a Estação das Docas?

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Cada Cairu que passa

é um copinho novo

Se você quiser muito curtir um ar condicionado, tomar uma Amazon Beer e um sorvete da Cairu, OK. Se não for esse o caso…
Aliás, Cairu: é verdade esse bilete, tem que tomar sorvete toda vez que passar na frente da sorveteria Cairu, experimentar todos os sabores, é mesmo uma delícia, arrase. Existem várias espalhadas pela cidade.
E quanto à cerveja: tome a Tijuca, é uma delícia, e é a que os locais também gostam pelo que notei. Amazon Beer não experimentei, fiquei tão doido na Tijuca que nem liguei para as outras.

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Isso não é um publi

mas poderia: fica a dica para a Tijuca

#9: Você gostou?

Amei e voltaria. Que bom que o Brasil tem Belém do Pará. Recomendo fortemente. Em um momento em que está tão difícil ser patriota e ter orgulho do país, Belém é uma joia. Obrigado por existir!