O KFC fez um chapéu-balde inspirado no seu balde

É mais ou menos só isso mesmo o post…

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Tá bom, vai, vou dar mais informações.

O que é conhecido como chapéu pescador por aqui (ou chapéu do Chorão do Charlie Brown Jr - saudades) lá fora é chamado de bucket hat, ou chapéu-balde. Ele está na moda, dizem.

Aí a KFC Rússia (nem um pouco surpreso por ser na Rússia, e você?) fez uma parceria com uma marca de streetwear russa, a Мам, купи (ou Mam Cupy).
Agora sim, é isso o post.

Vai um frango?

Vai um frango?

Um dos meus restaurantes preferidos voltou!

Não vou entrar em motivos de mudanças porque não vem ao caso, hein. Só sei que foi tudo muito rápido e provavelmente pegou todo mundo de surpresa: o Kazu Cake, com café, doces e saquê que ficava em cima do Espaço Kazu na Liberdade e dividia espaço com o Meu Udon, passou por uma expansão e agora ocupa o andar inteiro. Ficou vistoso, e como às vezes ficava bem cheio e sem mesa para sentar, que bom, agora tem mesa. De lá recomendo o choux cream.

Mas, com isso, o Meu Udon do mestre Yoshio Mizumoto fechou. Fiquei chateadíssimo e aposto que vários dos meus amigos que converti para grandes fãs também ficaram. O segredo do Mizumoto está em usar massa caseira - ele constrói o udon do zero, e o macarrão é feito diariamente de acordo com a temperatura e umidade do ar.

Então, eis a boa notícia: o Meu Udon está vivo aos fins de semana! Fica num restaurante que é bem na frente de um dos prédios da Unip da Vila Clementino (r. Doutor Bacelar, 1189) e continua uma delícia.

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Agora funciona assim: tem combos, de R$ 35 a R$ 40, que chegam com alguns acompanhamentos (no Japão eles chamam isso de setto, que vem do inglês set). Se você quiser só o udon mesmo, é de R$ 25 a R$ 30. Recomendo também experimentar o guioza, bem delicioso; a minha mãe comeu o tonkatsu (que é o milanesa) e curtiu.

Parece que a partir desse fim de semana eles voltaram com o ginger ale também, que era a minha bebida preferida deles - oba!
Recomendadíssimo, e agora o lugar é maior, não tem fila, tudo perfeito. Vale o Uber! E quem for de fora e vier para SP - inclui aí na programação!

A nova febre é amarela!

A representatividade oriental em obras de ficção ocidentais sempre foi… Meh.

Né?

Né?

Um dos grandes exemplos é Anna May Wong, atriz filha de imigrantes que começou atuando em cinema mudo nos EUA. Ela sempre foi subaproveitada por Hollywood. Esse artigo do Buzzfeed conta bem essa história.

Eu poderia enumerar mil absurdos, de Ghost in the Shell com a branca Scarlett Johansson ao personagem que é puro estereótipo Long Duk Dong em Gatinhas e Gatões de John Hughes (uma das únicas coisas que me faz falar mal de John Hughes). Poderia falar do pastiche que foi uma das últimas novelas da Globo, a Sol Nascente - que pelo menos tinha a atriz Jacqueline Sato, mas ela parecia cumprir uma espécie de cota numa novela teoricamente destinada a falar sobre imigrantes japoneses só que protagonizada pela Giovanna Antonelli. Oi? Num momento de ascensão do k-pop, num país que traz a maior concentração de japoneses fora do Japão, num local onde uma das estrelas mais quentes é a Sabrina Sato (mesmo fora da Globo!), num lugar onde um dos maiores heróis pop mais queridos e mais lembrados é o Jaspion (e tem Cavaleiros do Zodíaco, Dragon Ball Z e Naruto coladinhos nele)… Aí você vem demonstrar medo da aceitação de atores e atrizes de origem oriental? E aí chega com aquela velha desculpa que “não tem ator oriental”? Sei: do mesmo jeito que não tem modelo negra, né, more?

Isso tem um nome: racismo.

É um fato que a representatividade tem crescido. Também é um fato que às vezes ela é uma fachada - me incomoda essa coisa da campanha da marca que nunca se preocupou com isso de repente ter um “inclui a gorda e a negra, mas não esquece da loira magra e alta também, né?”
Preguiça.
E a verdade é que os orientais, especialmente no Brasil, ainda são botados para escanteio mesmo quando a representatividade bomba.

Existe também o estereótipo sexual do asiático submisso, o que pode funcionar como fetiche ou exatamente o contrário, como uma imagem assexual do homem asiático. Um vídeo da MTV americana que ganhou certa fama é bem interessante, confira:

Mas se você acha que homens asiáticos não são sensuais você com certeza nunca viu um filme sequer de Akira Kurosawa com Toshiro Mifune.

Não existe como resistir a esse homem!

Não existe como resistir a esse homem!

Olha esse homem, pelamor!

Olha esse homem, pelamor!

Até uma pedra ficaria atraída por esse homem!!!

Até uma pedra ficaria atraída por esse homem!!!

Na época do Orkut eu participava de um grupo que se chamava Orientais Sexy Cool do Brasil.
HAHAHAHAHAHAHA sei lá, só queria jogar essa informação por aqui.

Bom, existem sinais de que as coisas estão finalmente mudando. Deveriam mesmo: a cultura asiática cresce no mundo todo.

Asia has several of the world’s largest economies, most of the world’s foreign exchange reserves, many of the world’s largest banks and most of the world’s largest armies. From trade wars to Silicon Valley and university admissions, Asian influence seems to be everywhere. Just last month, Beijing held its second forum for the “Belt and Road” initiative — the most ambitious infrastructure investment plan in human history.
— Nicolas Gattig, no Japan Times

A frase de cima foi tirada de um artigo no Japan Times sobre o livro The Future is Asian no começo desse mês de junho. Gattig descreve a obra como um “Podres de Ricos” (o livro) com infográficos. Risos!

Mais?
. Em março, o Hollywood Reporter olhou para a produção audiovisual de Cingapura, Indonésia, Vietnã, Malásia e Tailândia.
. Acabou de ser lançada no Reino Unido a The Wow, revista voltada para mulheres asiáticas. O fundador Wei Liu reclama da falta de representatividade nas revistas ocidentais. Saiba mais no South China Morning Post.
. O mercado asiático-americano gastou - está sentado? - US$ 1 trilhão no último ano. E o capitalismo não é idiota a ponto de ignorar essa informação por muito mais tempo. A info é do Asian Journal, de 15/05.

É por essa última informação, também, que a maioria das referências culturais mezzo asiáticas mezzo ocidentais que estamos vendo agora são dos EUA. Essa população de imigrantes que formou família (ou seja, com uma grande parte de adultos nascidos nos EUA mas que se identificam bastante com a cultura dos pais e dos avós) acaba ela mesmo produzindo cultura para si mesma, do mesmo jeito que a população afro-americana faz há algum tempo. Seria maravilhoso ver o mesmo movimento no Brasil - será que vai rolar? Será que já está rolando?

Vou colocar aqui embaixo mais umas referências asiáticas contemporâneas e a minha curadoria é tipo “é asiático e eu acho legal”. Hehehe. Confira!

Esse é o Ken Jeong. Ele é um dos atores que ainda brincam com estereótipos - mas com mais lugar de fala, do tipo “dê risada junto comigo e não de mim”

Esse é o Ken Jeong. Ele é um dos atores que ainda brincam com estereótipos - mas com mais lugar de fala, do tipo “dê risada junto comigo e não de mim”

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Awkwafina

Alerta superestrela

Ela é uma rapper muito engraçada, ela é uma comediante muito engraçada, uma atriz muito talentosa. Esteve em dois filmes bem importantes: Podres de Ricos (sobre o qual a gente fala daqui a pouco) e Oito Mulheres e um Segredo. Este artigo do Buzzfeed, de onde saiu a foto acima, vai te falar mais dela. E você pode ouvir um dos discos dela abaixo, chamado… Yellow Ranger.

E falando em música…

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Holland

O primeiro nome do k-pop que é gay assumido

Sei que esse tipo de comparação é horrível, mas ele é tipo o Troye Sivan porém do k-pop. Isso é a maior treta - o preconceito contra LGBTQ na Ásia é enorme. No Japão, por exemplo, se você pergunta para algumas pessoas “onde fica o bairro gay?”, eles respondem “mas no Japão não tem gay. Só no exterior”. Oh, criança… Acredita, bonita.

Só recentemente um país asiático aceitou o casamento entre pessoas do mesmo sexo: Taiwan aprovou a lei tipo mês passado. Tipo não: literalmente no mês passado, em maio! Leia mais sobre no site da BBC. No Japão caminha-se para a aprovação da lei com a ideia dela estar em vigor antes das Olimpíadas de 2020 (mais nessa reportagem do Japan Times). A lógica é uma manobra política maravilhosa: os partidos que defendem a aprovação dizem que o Japão não pode passar essa vergonha durante as Olimpíadas perante os outros países e pagar de pouco progressista. Isso é o calcanhar de Aquiles do japonês - ele morre de medo de ser considerado inferior, passar vergonha, coisas do tipo. Então, a minha expectativa é que eles devem aprovar mesmo! Risos!

Voltando ao Holland: dizem que ele foi rejeitado pelas produtoras de k-pop quando disse que queria falar sobre sua sexualidade na música. Então o próprio bancou sua gravação com o dinheiro que economizou em um trabalho de meio-período. Obstinado! A gente gosta! Ouça abaixo!

O triunvirato pop

Podres de Ricos (de 2018), Meu Eterno Talvez (que acabou de estrear na Netflix) e Fresh off the Boat (série de TV que começou em 2015) tem muito em comum. Atores (Randall Park em Meu Eterno Talvez e Fresh off the Boat; Constance Wu em Podres de Ricos e Fresh off the Boat), histórias (tanto Podres de Ricos quanto Meu Eterno Talvez são comédias românticas). E principalmente o fato de, pelo menos por enquanto e talvez para estourar a bolha, eles sejam tão centrados em diferenças culturais - segue sendo importante o fato dos protagonistas serem asiáticos, faz parte da história, a trama simplesmente não funcionaria se eles não fossem da raça que são. Parece que o raciocínio é apresentar essa cultura para o povo branco ocidental para que eles se acostumem.
Que povo mimado.
Mas a verdade é que gosto dos 3: Meu Eterno Talvez é tão ruim que fica bom, tipo aquela Sessão da Tarde horrorosa que você ama; Podres de Ricos é bobinho mas enche os olhos, você fica realmente envolvido com a mãe malvada (Michelle Yeoh sempre enaltecida nesse blog) e a pobre intrusa Rachel Chu (Constance Wu) tentando apenas seguir seu relacionamento depois que descobre que Nick Young (Henry Golding) é simplesmente MUITO BILIONÁRIO. E Fresh off the Boat… bom, um menino americano de origem taiwanesa que é visto como estrangeiro e adora hip-hop, com uma mãe (Constance Wu) que é meio a versão asiática da Monica de Friends - não tem como dar errado. Tonto, mas um tonto ótimo.

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Tadanobu Asano

Muito mais que um asgardiano

Talvez você o conheça de Thor: Ragnarok, mas o gatão Asano é muito mais que isso - premiadíssimo, participou de pérolas como Silêncio (2016), filme do Martin Scorsese que adorei mas que infelizmente nem todo mundo adorou pois foi solenemente ignorado pelo Oscar. Rsrsrsrs! Quem é fã de terror japonês também vai lembrar de Asano com o cabelo loiro em Ichi, o Assassino (2001).

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Kyle Ng

Ele é bobo mas é meu amigo

Mentira, ele não é meu amigo. E é bobo sim - dono de uma marca de streetwear mas o conheci como apresentador do programa Social Fabric, sobre moda, que está na Netflix. Recomendo correr: só está no ar até 15/06!

E se você está com esse papo de “japonês é tudo igual, olha esses dois cabeludos” - primeiro tenho quase absoluta certeza que Kyle não é japonês. Segundo, ouça esse episódio desse podcast:

Spoiler: não, não é.

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David Chang

Quem resiste a uma comida desse cara?

A frase ficou estranha propositalmente: sim, estou objetificando o chef David Chang. Esse blog é meu e faço o que quero.
Na verdade nunca fui em um Momofuku, o restaurante modinha de Chang, para saber se é bom. Gosto do David porque ele é carismático nos programas sobre comida que ele faz. Assista Ugly Delicious e Mind of a Chef na Netflix (esse último tem a narração do Anthony Bourdain, o que me deixa um pouco triste porque lembro que Anthony Bourdain morreu).

Ah, e ele tem uma rede chamada Fuku de frango frito. Que perfeito!

Gente, sério!

Gente, sério!

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Hayley Kiyoko

Maravilhosamente fora do armário

Assim como vários outras celebridades jovens que saem do armário publicamente, Kiyoko está fazendo um baita serviço para a comunidade LGBTQ, validando ativamente a causa, mostrando que tudo vai ficar bem principalmente para adolescentes angustiados. Só por isso ela já merece tudo - mas menino, não é que a música também é legal? Ouve aí embaixo e depois lê esse artigo com entrevista na Out.

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Fernanda Yamamoto

O trabalho da Fernanda foi melhorando, amadurecendo - na verdade sempre foi bom mas ficou cada vez melhor. Na passarela, hoje em dia, virou convite disputado: seus desfiles instigam e emocionam. Nesse último, da foto acima, apresentado há um pouco mais de um ano, ela olhou para a comunidade Yuba do interior de São Paulo, formada só por japoneses e descendentes, com toda uma filosofia de vida sustentável e de bem-estar (bem antes de isso virar moda). Além de evocar algo aspiracional para nós, pobres seres vítimas da metrópole, também mostra imagens de moda lindas. Falei sobre isso no site da Lilian Pacce - vai lá!

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Akira (1988)

Um filme antigo que continua tão atual

Nem parece mas Akira já fez mais de 30 anos! Chocante, não? Ele inspirou e inspira uma pá de gente, até Kanye West já confessou ser fã. Se você ainda não assistiu esse marco da cultura pop, corra atrás. Está sendo produzido um live-action e a gente sabe que um dos nomes por trás dele é Leonardo DiCaprio (ou seja, também deve ser fã). A data de estreia desse novo Akira é para 2021, vai ser dirigido por Taika Waitikiki (de Thor: Ragnarok) e sim, estamos sentindo o cheiro de white-washing de longe, tão forte quanto o cheiro de cândida. Vamos ver, né? O nome da cidade da trama já mudou de Neo Tokyo para Neo Manhattan… HAHAHAHA! Na dúvida, pelo menos por enquanto, fique com o original.

Faltou bastante coisa? Sim, mas esse post já virou uma tese. Parte dois? Sim, não? Quem você incluiria? Me conta!

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O filme Ramen Shop e o preconceito racial na Ásia

Ande no Japão e fique espantado: não existe quase nenhum negro ou mestiço de negro com asiático por lá. É raríssimo: das duas vezes que fui para o país, me lembro de ter visto um mestiço ao vivo, e só.
A incrível tenista Naomi Osaka é um dos únicos exemplos famosos conhecidos. Não entendo nada do esporte mas, até onde sei, ela é foda - nada menos que a número 1 do mundo atualmente, segundo o Google.

Naomi Osaka rainha do tênis

Naomi Osaka rainha do tênis

Minha experiência pessoal sempre dá um nó na minha cabeça quando penso a respeito. Considero-me branco, na minha carteira de nascimento vem escrito branco. Só que no Brasil sou o homem branco ou sou o japonês de acordo com a conveniência do interlocutor. Para mim é bem esquisito. Óbvio que sei que no fenótipo meu olho é diferente e além disso sou peludo, barbudo, e isso confunde as coisas. Não tive uma educação oriental, pelo contrário; meus vários contatos com a cultura japonesa partiram da minha própria curiosidade e iniciativa.
No Japão, da primeira vez, nem pestanejavam: me olhavam e começavam a falar inglês (ou fugiam, porque japoneses geralmente odeiam ter que falar em inglês). Da segunda, surpresa: algumas batchans chegavam em mim falando em japonês. O que mudou? Minha postura? Na segunda viagem tentei me misturar mais? Não faço ideia. Ajuda o fato que da segunda vez fomos para mais lugares onde turistas estrangeiros não costumam chegar. Mas sou todo tatuado - coisa que normalmente japoneses não são.
E um fato esquisito: na Ucrânia achavam que eu era árabe. Inclusive me abordavam no mercado falando em árabe! Como acho árabes bonitos, por mim, estou lisongeado!

Mas a verdade é que existe bastante preconceito racial na Ásia. Muito japonês não gosta de qualquer um que não seja japonês (e chama de gaijin, palavra para estrangeiro). Muito chinês não gosta de japonês (existe um histórico feio de guerra). Coreano às vezes não gosta de japonês, japonês às vezes não gosta de coreano. Etc etc.

Longe de mim acreditar em racismo reverso, mas no Japão fazem o maior bullying com o homem branco. E uma campanha de companhia aérea deu o maior xabu porque fez… whiteface.
Isso mesmo que você leu. Whiteface. Assista nesse link.
(desculpa, mas eu ri kkkkkkkkkk)

Bom, eu decidi fazer esse post depois de assistir a um filme bacana chamado Lámen Shop de 2018.

Adivinha o que deu vontade de comer?

Adivinha o que deu vontade de comer?

O nome original, Ramen Teh, entrega mais: mistura lámen com bak kut teh, um prato típico de Cingapura. No filme, o mestiço Masato volta para Cingapura depois do pai japonês, que era dono de uma casa de lámen com o irmão, morrer. A mãe dele, cingapuriana, morreu bem antes e era brigada com a avó dele. Maior drama, deixou um diário tudo e tal falando como ficava chateada por não falar mais com a mãe dela... Adivinha o motivo?

Como o longa parte do ponto de vista de alguém que volta para o país, o filme traz um olhar de visita, meio turístico mesmo. Inclusive sobre a comida - vontade de comer tudo! A comida de Cingapura é sempre uma atração na ficção, já percebeu? Também é assim em Podres de Ricos.

Enfim, recomendo assistir. Fez pensar bastante sobre essa relação de racismo - que costumo ligar a japoneses quando estou falando da Ásia, mas aqui acontece partindo de uma cingapuriana. E também fala da relação entre comida e memória afetiva. Não é um puta filmão, mas é legal! Confira o trailer:

Um fervo no Centro de SP

Um dia desses fui conhecer a loja Nó do Rodrigo Basso, um lugar bem bacana que é voltado pra moda masculina e pra repensar noções de masculinidade partindo da roupa e da estética. E acabei descobrindo que a região em que a Nó está, na Major Sertório pertinho do Copan, está o maior fervo! O Rodrigo inclusive me ajudou a levantar as coisas que estão rolando por lá, vem saber:

379 Likes, 5 Comments - LOJA NÓ (@noaloja) on Instagram: "Ah o outono 🌞🍃 camisa disponível na loja 😎"

A Nó em si é tu-do! Eu sei que às vezes parece que eu acho tudo incrível, mas se está aqui nesse blog é porque achei incrível, né nóm? São 40 marcas brasileiras reunidas, a maioria de caráter mais independente, desde as mais básicas tipo Saint Studio até a estamparia babadeira da Psicotrópica, as camisetas divertidas da Stay Ugly, o streetwear bem charmoso da Philadelphia Company
Apesar do foco em masculino, Rodrigo diz que 40% das vendas acontecem pra mulheres. Dá pra entender - o mix é superatraente. Ele é esforçado, cavoca sapatos bonitos de Franca, produtos de beleza interessantes com pegada mais orgânica… Outra coisa bacana na curadoria do Rodrigo é que ele presta bastante atenção no preço - como trabalha com marcas menores, tem a liberdade e a facilidade de conversar com eles para chegar num preço que seja mais adequado para o seu público (entra nisso mudanças em tecidos e detalhes nas peças para diminuir o valor).
A loja Nó fica na rua Major Sertório, 114.

153 Likes, 3 Comments - Instituto Feira Livre (@institutofeiralivre) on Instagram: "Atlas do Agronegócio: Fatos e números sobre as corporações que controlam o que comemos. ...."

O Instituto Feira Livre vende orgânicos direto do produtor, sem intermediários, e ainda conta com café e restaurante! Quando você compra lá, eles dão o preço de custo mas a sugestão é você mesmo incluir uma porcentagem para a manutenção e custos operacionais do espaço. Abre de fim de semana (fecha segunda) e dá para encontrar coisas que você não acha em qualquer lugar tipo cenoura roxa! Não cheguei a entrar mas pretendo voltar para conferir mais de perto!
Fica na Major Sertório, 229.

O Jardim Secreto, que virou praticamente uma instituição de SP, começou como uma feira mas hoje tem uma Casa Jardim Secreto no Bixiga e esse Galpão Jardim Secreto no centro, sempre com uma curadoria charmosa de marcas independentes, pequenos produtores, com o grande plano de fortalecer a economia criativa. As minhas amigas da Jouer Couture são ocupantes do coworking que faz parte do local, e ainda tem café, chá e comidinhas - tudo isso ajuda a fazer do ambiente um local supervivo!
O Galpão Jardim Secreto fica na Major Sertório, 209.

Quer mais? Falo mais então: tem a balada-prédio Tokyo; o Z-Deli; a Casa do Porco; o Orfeu; o Sertó; o charmosérrimo Café Modernista; o JazzB; o Fel… Tudo isso com a distância de alguns passos entre um e outro. Diz que vai abrir uma padaria artesanal na frente do Instituto Feira Livre e um La Guapa, a rede de empanadas da Paola Carosella, do lado. Legal, né? Vá pro Centro!!!