O famoso "te enganei": dois filmes em cartaz que não valem o seu dinheirinho

(ou melhor, dinheirão, porque o cinema está pela hora da morte!)

Dois filmes me pegaram pelas suas premissas e eu fui. Que bom para você que eu fui, porque assim posso dizer: espere para ver em streaming. Não vale a pena. Desencana. É cilada, Bino.

O primeiro é…

It - Capítulo 2

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A primeira parte de It (2017) não era perfeita mas tinha bastante charme. A história se passava em Derry no verão de 1989 (ou seja, se localiza naquela mesma onda da nostalgia pelos anos 1980 que comentei nesse post, mas esqueci de citar It em si) e, numa fórmula conhecida daquela década (e revisitada hoje por obras como Stranger Things), focava em pré-adolescentes.
Ou seja, aquela velha história de metáfora para amadurecimento que, no fundo, sempre funciona e emociona.
Especificamente sobre a trama de It, tanto no livro de Stephen King quanto no filme, a questão principal gira em torno de vencer os medos e traumas. Até aí, tudo bem. E na primeira parte, com os personagens na pré-adolescência, acho show, faz sentido, bem bacana, palmas - é por isso que o livro é um clássico, mesmo; é por isso que a primeira versão em filme, de 1990, ficou cult.
Problema é que eles ficam adultos nessa segunda parte lançada agora. Os medos e traumas continuam os mesmos, mas a forma como eles se materializam... também. Se quando eles eram menores isso se encaixa bem, agora que eles estão maiores às vezes a coisa fica meio… vergonha alheia? Lúdica demais? Boba? Os personagens acabam soando imaturos e isso afasta a gente deles, sendo que seria muito mais legal nos identificarmos com suas dificuldades para torcer por eles, claro. Eddie (James Ransone), especificamente, chega a ser cômico na sua obsessão por limpeza e sua hipocondria. Quebra o lado assustador: aquela situação chave seria (e é!) assustadora para uma criança, mas combina com um homem feito? É tão aterrorizante quanto? E o fator de uma força física maior, que quando criança o grupo não tinha? Não faz diferença? Achei que, nessa área, Bev (Jessica Chastain) ficou mais bem resolvida.
Agora: um ritual xamânico para derrotar um palhaço demoníaco soa muito bem se os personagens são infantojuvenis, chega a ser divertido, você se empolga para ver. Com eles adultos, se não é bem feito e bem filmado (não foi), não há James McAvoy e Jessica Chastain que salvem… Tosco demais, desculpa quem gostou.
Meu marido saiu dizendo: "Não me convenceu". A mim tampouco. Só vá se você tem muito, mas MUITO apego à franquia (pode ser considerado uma franquia?).

Yesterday

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Tudo bem, a premissa é maravilhosa: imagine all the people living sem que os Beatles jamais tivessem existido? O filme Yesterday imagina um mundo assim, com um detalhe: um músico inglês de origem indiana, Jack Malik (Himesh Patel), se lembra dos Beatles ao contrário de todos ao seu redor. E das músicas. Então ele decide lançar as músicas como se fossem dele - e isso responde também à pergunta "será que os Beatles fariam sucesso se fossem lançados hoje?"
Na minha humilde opinião, a resposta que está no filme é meio, hum, bobinha. A história de Richard Curtis dirigida por Danny Boyle fica muito presa a clichês: tudo o que você imaginou está lá. “Astro incompreendido", “agente escrota e extremamente gananciosa (e loira)" (Kate McKinnon), “indústria cultural vilã que pega o que é autêntico e transforma em produto", “mocinha linda fazendo papel de mocinha sem graça mas dá para ver que ela é linda" (Lily James). Até os pouquíssimos momentos que poderiam ser mais imprevisíveis ou são sem graça, ou passam a ser previsíveis em seus desdobramentos. A moral da história, assim como em It - Capítulo 2, é "seja legal, não minta, vai dar tudo certo se você fizer exatamente como nos filmes de Hollywood".
Melhor gastar seu tempo ouvindo Beatles, se você gosta de Beatles. E mesmo se você não gosta. Sessão da Tarde bem de quinta - e olha que eu costumo gostar de Sessão da Tarde.

(ah, e essa primeira piadinha que você imaginou com Oasis? sim, ela também está lá, claro.)

Qui êtes-vous, Celine Dion?

Você viu a capa da Harper's Bazaar US de setembro com Celine Dion?

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A cantora está bela, fotografada por Mario Sorrenti com styling da diretora global Carine Roitfeld. A capa faz parte da edição Icons, que se espalha pelo mundo - todas as Bazaar, inclusive a do Brasil, usam da temática nesse mês. Tem Alek Wek, Kate Moss, Awkwafina, Alicia Keys… Mas achei essa a mais bonita mesmo, não só pelo clique como pela referência. Você conhece o filme Qui êtes-vous, Polly Maggoo?

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Eu simplesmente AMO esse filme. Ele foca na modelo Polly Maggoo (Dorothy McGowan) e faz uma sátira ácida ao mundo da moda. Após apenas dois anos do lançamento de Courrèges de primavera-verão 1964, que fez com que o estilista ficasse conhecido como o criador da era espacial, o diretor William Klein armou essa comédia que chega a ter ares existenciais. E um desfile feito com… peças de alumínio?!

Acho Qui êtes-vous, Polly Maggoo? sensacional, com uma pegada narrativa diferentona e um atrevimento. Tem participação das modelos Peggy Moffitt e Donyale Luna, duas das musas da época.

Peggy & Donyale

Peggy & Donyale

E acima de tudo o longa tem um bom humor perante a moda que às vezes acho que nos falta - a gente se leva muito à sério, a leveza às vezes faz parte. Celine Dion também sabe disso - seu jeito de encarar a moda, faz um tempo, é com humor. Relembre então o vídeo que ela fez com a Vogue América, bem nessa pegada:

Quem tatuou o dragão do Menino do Rio?

Para quem não sabe, o Menino do Rio realmente existiu.
Petit, o apelido de José Artur Machado, era um surfista boa pinta e boa praça que ficava ali por Ipanema e fez amizade com Caetano Veloso e Baby Consuelo, que ainda não era Baby do Brasil.

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A música foi gravada por Baby no disco Pra Enlouquecer (1979) e virou o tema da novela Água Viva de 1980. A história conta que Petit e Caetano se conheceram em Ipanema, na praia mesmo (talvez no píer?), e ficaram amigos - o surfista passou a frequentar a casa do músico. Aí, quando Baby estava gravando o Pra Enlouquecer, pediu uma música pra Caetano pra ela cantar. Segundo a própria, na noite seguinte, se encontraram todos na casa de Caetano: Petit, Baby, Dedé (a mulher de Caetano na época). Pra bater papo mesmo. E ele se inspirou.

Tanto Baby e Petit se conheciam que existem fotos dos dois:

O nome da música inspirou um filme homônimo em 1982, dirigido por Antonio Calmon e protagonizado por André de Biase.
Aliás, pra quem não sabe: André de Biase é cunhado de Jacqueline de Biase, a estilista da Salinas. Ela saiu da marca de moda praia recentemente, em julho - ela seguia assinando a direção criativa mas já tinha vendido a marca pra InBrands em 2011. Jacqueline é mulher de Tunico, o sócio dela na empreitada que começou justamente em 1982, mesmo ano do filme com o irmão dele. Ah, e Tunico é roteirista do filme Menino do Rio com André, o diretor Calmon e ainda Bruno Barreto, que também assina a produção!

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A história do longa não é a história de Petit. E a história de Petit ficou triste em 1987, quando ele sofreu um acidente e acabou ficando com o lado direito inteiro imobilizado. O surfista que era cheio de vida (corpo aberto no espaço) infelizmente não deu conta dessa onda e se enforcou com a faixa do quimono de jiu-jitsu, tirando a própria vida em 1989.

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Petit

Antes do dragão tatuado no braço

Hoje em dia, quando Baby canta essa música, ela muda a letra e diz "Jesus Cristo tatuado no braço". Uma boa atualização, mas a história verdadeira é que Petit realmente tinha um dragão tatuado no braço na década de 1970, quando ainda era tabu a classe média aderir à tatuagem. Era coisa de malandro, de criminoso, de presidiário, de marinheiro… e de rebelde. Petit não deu o braço pra qualquer um tatuar. O traço é do considerado primeiro tatuador profissional do Brasil. Nada menos que a lenda Tattoo Lucky.

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O dinamarquês Knud Gregersen dizia que tinha rodado o mundo antes de vir atracar por aqui. Ele abriu seu estúdio em Santos, litoral paulista, na década de 1960. Virou uma lenda. Morreu em 1983, pouquinho depois de um do seus trabalhos ficarem imortalizados na MPB.
Petit teria ido no estúdio santista em 1974. Esse movimento dos cariocas descendo para Santos para se tatuar com Lucky acabou popularizando mais a tatuagem no Brasil, ajudando a tirar o estigma dela. Até os anos 1980, para algo virar moda a nível nacional, precisava virar moda no Rio antes. A Cidade Maravilhosa comandava as tendências de roupa, consumo e comportamento do país.

Petit abraça o amigo Rico, também surfista

Petit abraça o amigo Rico, também surfista

Não sei nem por onde começar a falar de Bacurau

Ou melhor, sei: se você tiver só um dinheiro para ir ao cinema e está em dúvida sobre ver o filme novo do Tarantino ou Bacurau, eu decido pra você. ASSISTA BACURAU.

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Já deixei bem clara a minha opinião sobre Era uma vez em… Hollywood aqui em post anterior.

Tem uma fala que amei de Aquarius, filme anterior de Kleber Mendonça Filho que, confesso, só assisti recentemente. É da cunhada de Clara (Sônia Braga), Fátima (Paula de Renor), comentando sobre a empregada da família que roubava as joias. É algo do tipo "É assim, a gente as explora, elas nos roubam". Ela diz em um tom de corte, para acabar a conversa logo, como se não gostasse do rumo da prosa. Em Bacurau, também comenta-se um modus operandi à essa moda.
Tem me incomodado essa questão da violência do país que a classe média e a classe alta me parece que vê como se fosse um problema do qual ela não participa. A violência existe, surgiu na cidade, no estado e no país em que você vive; você se coloca nessa problemática puramente como vítima - quando infelizmente acontece com você - e nunca enquanto agente participante da sociedade na qual a violência existe.
E, ademais, sai do país porque “a violência está impraticável".

Como cobrar uma sociedade pacífica?
Todos somos iguais perante a lei - só que mais ou menos. “O meu primeiro".

Depois desse meu arroubo, queria deixar claro para quem não assistiu Bacurau que, apesar de todos os subtextos que você pode enxergar, não é necessariamente um filme que você precisa assistir pensando neles, lendo nas entrelinhas. Ele tem toques de faroeste e filme de ação. Tem também toques de filme de cangaço. Aliás, você sabia que o filme O Cangaceiro (1953) de Lima Barreto gerou uma moda cangaceira internacional, tão forte foi seu impacto? As mulheres piraram no estilo e pegavam elementos dele para os seus looks. Imagina Joan Crawford com couros todos trabalhados no bordado?

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Como Bacurau é muito perto da gente, não dá para reparar no que existe de mais regional e estilizado. Para os nossos olhos brasileiros chega a ser bem realista, na verdade. Em matéria de figurino, existe o momento dos motociclistas com seus neons supermodernos, da cidade grande, deslocados no sertão, e Lunga (Silvero Pereira), com seus anéis que remetem a Lampião e a sua "pintura de guerra": um megahair! Vi gente lendo Lunga como um personagem de sexualidade ambígua porque, na origem, de acordo com o roteiro, era mesmo pra ele ser trans. Pode ser viagem minha, mas acho uma leitura simplista da interpretação do Pereira, prima da leitura que defende que os cangaceiros de Lampião tinham tendências homossexuais porque se enfeitavam, perfumavam e costuravam. No filme puro e simples, entendi Lunga como estiloso, uma figura diferente. Talvez eu que esteja errado!

No mais, algumas outras coisas que você, que assistiu ou não Bacurau, pode prestar atenção e refletir sobre:
. A honra ambígua de Michael (Udo Kier)
. O jeito mais solto de encarar a sexualidade do povoado
. O uso do psicotrópico, que nos faz pensar: o que realmente aconteceu? Será que a narrativa estava sob efeito alucinógeno?
. O jeito maroto que a narrativa lida com o preconceito do sudeste contra o nordeste
. O sadismo é uma característica intrínseca da humanidade? Talvez maior que a vida social?

Mais não falo, acho até que já dei spoiler demais.

Ah, e Aquarius, hein?
Achei bom, também. Mas acho que Bacurau se sustenta mais sem subtexto. Aquarius precisa do subtexto da crítica para a classe média alta intelectual que se vê tão bem resolvida, do subtexto da especulação imobiliária (que aqui é apresentada prejudicando mais a classe média alta, e não a classe baixa). Ou se vê o filme mais como um show de interpretação de Sônia Braga do que qualquer outra coisa - por mim, tudo bem!

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Empolguei depois desses dois e acabei assistindo 3 curtas de Kleber Mendonça Filho espalhados pela internet (em simples busca você acha). Vinil Verde, Eletrodoméstica e Recife Frio são bem bacanas, recomendo, especialmente o último, que imagina uma espécie de frente fria eterna em Recife. É uma trama meio prima da A Jangada de Pedra de José Saramago, que fala sobre a ficcional separação geográfica da Península Ibérica do continente: ela vira uma ilha e começa a "navegar” o mar. Doido, né? Assim como em Ensaio Sobre a Cegueira, Saramago desenvolve a história com apenas um acontecimento esquisito e sem explicação e seus desdobramentos, realistas na medida do possível.
Recomendo tudo isso, na verdade! kkkk Você assiste Recife Frio abaixo:

ATUALIZAÇÃO em 9/09/2019: Esse artigo do Nexo é bem incrível, fala de várias referências do Bacurau e traz outras camadas de leitura para o longa. Recomendo fortemente!

Finalmente um filme sobre um cantor que realmente quero assistir

Esqueça o filme do Elvis.
Esqueça o filme do Bowie.
O filme que você também quer está mais próximo do lançamento que você pensa. Aliás, ele já estreou - em Portugal. E não sei se chega aqui mas já estamos trabalhando com torrent - por favor me mandem.
Você conhece o António Variações?

Pouca gente conhece Variações no Brasil - ele ainda é algo a ser descoberto por essas praias. Compositor português que lançou álbuns no começo dos anos 1980, era barbeiro. Depois do lançamento de dois ótimos álbuns, ficou muito doente. Morreu vítima de uma broncopneumonia em 1984 que, especula-se, era decorrente da Aids. Em Portugal o artista é mais bem lembrado - vide filme recém-lançado que, em uma semana em cartaz, já é o filme português com maior bilheteria do ano.

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Não são só as músicas de Variações que impressionam. O apuro visual também é incrível - ele já sabia, na Lisboa da época, que era importante ter um trabalho em imagem para além da obra musical no mundo pop. São fotos e vídeos que impressionam até hoje. Além da música, Variações é ícone queer.

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Com um pouco de esforço, dá para fazer um paralelo entre Ney Matogrosso no Brasil na década de 1970 e Variações em Portugal na década de 1980. O país passou pela Revolução dos Cravos um pouco antes, em 1974; depondo a ditadura do Estado Novo de décadas. A Assembleia Constituinte de 1976 garantiu a democracia - o processo todo também inclui a independência das colônias portuguesas na África. Ou seja, António aparece num processo de abertura e democratização; Ney era provocação pura no Secos & Molhados e depois solo, numa sociedade que ainda passava pela ditadura militar e só veria o movimento de Diretas Já quase 10 anos depois.

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Vamos às músicas de António, então: no primeiro álbum, Anjo da Guarda, tem uma das minhas preferidas. Chama-se O Corpo é que Paga - esse clipe abaixo tem um minuto inicial do clipe original e o resto é uma edição de um fã.

A letra tem duplo sentido e é simplesmente mara: “Quando a cabeça não tem juízo / Quando te esforças mais do que é preciso / O corpo é que paga / O corpo é que paga / Deix'ó pagar, deix'o pagar / Se tu estás a gostar...” E depois segue falando de ansiedade, estresse e seus efeitos na saúde, até comer compulsivamente (“Quando a cabeça está nessa confusão / Estás sem saber que hás-de fazer e ingeres tudo o que te vem à mão / O corpo é que fica / Fica a cair sem resistir"). Em 1982!
O mesmo álbum também traz É P'ra Amanhã:

Mais uma que ainda vale para hoje, fala de como a gente continua vivendo sem fazer o que realmente queremos: “Foi mais um dia e tu nada viveste / Deixas passar os dias sempre iguais / Quando pensares no tempo que perdeste / Então tu queres mas é tarde demais".

Depois, António lança Dar & Receber em 1984. Também adoro. Tem, por exemplo, a Canção de Engate:

Tu que buscas companhia
E eu que busco quem quiser
Ser o fim desta energia
Ser um corpo de prazer
Ser o fim de mais um dia
"

Podia ser uma simples música de amor, mas a gente não consegue desassociar o próprio Variações da letra; então é lógico que a gente acaba lendo uma jogo de sedução entre ele e alguém que ainda pode estar em dúvida em relação à sua sexualidade.
É essa música que Filipe Catto gravou no seu álbum Catto (2017).

Fique com mais umas imagens de Variações pois nunca é demais:

ATUALIZAÇÕES 21/05/20, às 14h:
Bom, continuo viciado.
A novidade é que consegui assistir ao filme (tem alguns torrents suspeitos e também no YouTube, mas provavelmente vai cair a qualquer momento, subiram em abril).
O filme não é perfeito, mas é lindo, uma história cheia de sonho e afeto. Num contexto de pandemia, a trama também ganha outras camadas de leitura.
Resumindo: assistam. Procurem. Vale a pena.
(Obrigado para a Beatriz, que chegou nesse post e me mandou um e-mail, pelo incentivo! <3)

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