As 4 coisas que gostei do VMA

E esse Video Music Awards, hein? Sabe que fazia tempo que eu não me divertia tanto num VMA. E nem vi inteiro - confesso que fui dormir na apresentação da H.E.R. e só assisti ao show da Normani depois, pela internet. Mas na verdade gostei mesmo do VMA por 4 motivos - e a Camila Cabello, de quem sou fã, infelizmente não é um deles porque a química sexual ali tá em falta (mas o vestido estava bom, parabéns, PatBo!).


Então vamos aos 4 motivos, que na verdade são 4 cantores incríveis:

La Rosalía

Ela atende só por Rosalía mas o povo adora chamar de La Rosalía - eu também, e ela mesma diz La Rosalía em mais de uma música! Já estava de olho nela em 2018 - saiu um post no site da Lilian que fiz a respeito. Isso ainda foi antes dela colocar pra jogo as ótimas Aute Cuture e Con Altura (essa com J Bavin e El Guincho). A voz é linda e, com apenas 25 aninhos, a espanhola já tem no currículo seu segundo álbum, uma obra conceitual falando sobre uma relação tóxica e baseada em um livro do século 13, Flamenca, escrito em occitano e de autoria desconhecida.
Rosalía faz música pop boa em espanhol. É como um desenvolvimento de Shakira, só que ainda mais empenhada em mostrar de maneira contundente de onde veio, qual é sua história, quais são suas raízes musicais. Europeia que não se dobra ao anglicismo (apesar de mergulhada no americanismo já que sua onda é pop mesmo), ela tem um gosto diferente. E nesse resgate das raízes, soa mais legítima para ouvintes mais exigentes do que a Anitta, por exemplo - apesar de eu achar esse viés uma bobagem, referência histórica não é necessariamente sinônimo de qualidade ou autenticidade, e o contrário muito menos.
A apresentação de Rosalía começa séria, com A Ningún Hombre a capella, do tal segundo álbum que já citei. Seguem-se números com coreografia de Yo x Ti, Tu x Mi com o porto-riquenho Ozuna e Aute Cuture. A língua, o ritmo, os parceiros: Rosalía parece latino-americana e isso é genial mercadologicamente. Agrada um monte de gente. E o carisma? Adoro.

Gótica tal qual uma catedral espanhola

Gótica tal qual uma catedral espanhola

Lil Nas X

É a primeira vez que o fenômeno recordista das paradas de 2019 se apresenta no VMA ou em qualquer palco de premiação. Mas ele optou por cantar a nova Panini no lugar de seu ultrahit Old Town Road, não sem antes fazer uma piadinha em vídeo sobre a capacidade eterna de OTR de se renovar em forma de remixes. Na hora da música em si, nada de meme, pelo menos não intencionalmente: um clima meio Tron (1982), meio vaporwave. Lil Nas X é talentoso, bonito e simpático. E é gay, então a princípio já me tem no fandom. Gosto também dessa apropriação do country que ele faz (falei um pouco disso no blog antes), me parece muito mais genuína do que o novo squad de certa loira branquela #prontofalei

Prata da casa: look de Christian Cowan

Prata da casa: look de Christian Cowan

Lizzo

Ela causa e eu adoro: dois meses depois de falar de Rosalía no site da Lilian, falei da Lizzo. E ela ainda nem tinha lançado o ótimo álbum Cuz I Love You. O medley de Truth Hurts com Good as Hell foi mara - turns out she's a 100% that bitch mesmo <3 Teve bunda, teve sombra amarela, teve picumã voando no meio da coreô... Fora o look Moschino dela no tapete vermelho, né? O camp segue forte e agora pop!
#LizzoforUrsula

“Foi daqui que pediram glamour com humor?"

“Foi daqui que pediram glamour com humor?"

Miley Cyrus

Com 26 anos, Miley está acostumada aos holofotes e a ter sua vida exposta nos tablóides. Mesmo assim, é um pouco assustador pensar que o começo, o meio com altos e baixos e o fim (fim mesmo?) do seu relacionamento com Liam Hemsworth foi analisado, debatido e especulado em praça pública. Com o recente término, dizem que a cantora desistiu da estratégia anterior de sequência de novas músicas (depois do EP She is Coming, viria o She is Here e o She is Everything; os 3 formariam o álbum She is Miley Cyrus). No lugar disso, ela fez uma Malibu ao contrário, a Slide Away, lançada em 19/08. Dá-lhe mais especulação: a filha do country que se fez na cidade grande diz adeus para o litoral que ficou marcado como uma coisa do casal. E do Liam em si, que pratica surfe: o refrão diz claramente para ele "deslizar" para o oceano enquanto ela vai voltar para as luzes da cidade. É uma canção triste e bonita. No show do VMA, no qual ela aparece de cabelo com efeito molhado (como se tivesse "saindo do oceano", pegou? Pegou?), vestido preto micro e repleta de colares e pulseiras (styling que ela já vinha explorando desde o lançamento de She is Coming), não existem subterfúgios fora a transmissão da imagem em P&B. Um grupo de cordas a acompanha, e o foco está na voz.
E que voz, senhoras e senhores. Já sabia que Miley cantava muito desde que assisti ao show dela em Londres, na turnê do Bangerz. O melhor é que Miley não só tem alcance e potência mas personalidade na performance vocal. E um timbre que acho lindo. Meu sonho é vê-la cantando Champagne Supernova - já pedi mas não deu certo.

(o plano inicial era ver a Miley em Amsterdã, mas ela cancelou porque estava doente)

E fico feliz nesse momento por esse blog ter um alcance pequeno: assim não tem fandom chato vindo dizer que eu tô errado, né? Sinto muito, acho a Taylor uma chata. E o Jonas Brothers foi uma propaganda de carro legalzinha.
(e teve a Missy Elliot, amo Missy Elliot, um beijo Missy Elliot!!!)

Lindo sorriso

Lindo sorriso