O meu Ceará na passarela <3

Eu poderia fingir que fiquei no desfile da Amapô, que foi o último dessa quinta-feira, 17/10, no SPFW, e ninguém ia saber se fiquei mesmo.
Não fiquei, porque vocês sabem, jornada dupla tem dessas coisas de ficar cansado.
Se tivesse ficado, teria chorado - chorei vendo o vídeo! E não quero ser conhecido como a manteiga derretida dos desfiles, né? (para mais infos, confira o post sobre o desfile da Flavia Aranha na temporada passada)
(aliás, teria chorado também no João Pimenta, que bom que a trilha era engraçada porque esqueci de chorar)

Porém, cabe dizer que entrevistei Carô Gold e Pitty Taliani, a dupla responsável pela Amapô, no backstage antes do desfile porque: 1. Sabia que o tema era o Cariri e tinha que ver essas roupas de perto; 2. O desfile da Amapô é sempre incrível, animado, de encher os olhos de cores, imagens e pensamentos.
No fim da entrevista, Carô e Pitty disseram: “Espero que vocês gostem, que se sintam incluídos. É um desfile para a gente."
Sim. É um desfile para quem acha que o Nordeste é o presente & o futuro, é um desfile para quem acredita que moda não é tendencinha e seguir birô de tendência, é um desfile para quem vê a moda mais como expressão do que como indústria.
Eu, para quem não sabe, acredito que sou cearense ou fui cearense em algum momento, talvez numa vida passada, mas calhei de nascer em São Paulo. Não tem problema: já fui bastante para o Ceará e tratei de casar com um cearense que faz feijão verde e baião de dois à moda de lá. Se alguém me diz que é cearense eu já sorrio e sinto a pessoa como se fosse uma prima! É sério! kkkkk
Só que, como não assisti ao desfile ao vivo, prefiro deixar a palavra para elas: Carô e Pitty.
(Tem intervenções do Eduardo Viveiros do Calma., que estava comigo na hora da entrevista, tá? Então não estranhe quando aparecer um Viveiros dois pontos! kkkkk)

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Para tudo, né

Tênis maravilhoso, cada um customizado à mão de acordo com o look; e meia quero-já! Os pisantes são inspirados nas cabeças do Reizado e na Festa dos Caretas

Wakabara: A coleção é inspirada no Cariri?
Gold: Essa coleção começou com o convite do Senac do Ceará para fazer uma parceria. Eles quiseram trazer o Cariri, trazer essa cultura que é tão rica para essa plataforma do SPFW e procurar algum estilista que pudesse fazer essa transição [para a passarela] sem ser literal, sem ser tão regional, sem ser tão certinho. E a Amapô tem tudo a ver com isso, porque inclusive a gente só faz isso! Foi um encontro muito feliz, ficamos superempolgadas quando eles chamaram a gente. Fomos para o Cariri, fizemos uma pesquisa, e junto com os alunos do Senac de Crato e de Juazeiro, teve um workshop, falamos sobre os temas, escolhemos os caminhos que íamos seguir e pedimos “esqueçam a esvoaçância, esqueçam o vestido de festa, esqueçam haute couture, olha para dentro da sua casa, olha para sua avó, olha para sua toalha de mesa, olha para…"
Taliani: Para a Amapô…
Gold: "Olha para a Amapô, olha para a rua São Pedro", que é como se fosse a 25 de Março de lá. A ideia era que eles buscassem o que a gente ia usar nas raízes deles, sem tentar ir para fora. "Vai para dentro!” Aí eles ficaram duas semanas desenhando, a gente voltou para lá, juntamos os desenhos deles com os nossos, pescamos o que era de mais interessante, deu uma consultoria, transformou, puxou… Por exemplo, tinha look que a gente disse “ah, esse look aqui que está mais Jamanta!" Sabe esse personagem, Jamanta?
Wakabara: Sei, da Torre de Babel?

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Jamanta, o personagem de Cacá Carvalho, foi muito amado

Tanto que, depois da novela Torre de Babel (1998), voltou em Belíssima (2005). As fotos de passarela desse post são de Zé Takahashi e as de detalhes são de Marcelo Soubhia, ambos da Agência Fotosite

Gold: Então a gente pegou o brincante do Reizado e jamantizou. Aí pedíamos "jamantiza esses outros, traz mais disso. Olha as romeiras, pega, desmonta, remonta na sua cabeça.” Fizemos esse trabalho com eles, que era uma coisa que eu nem sabia se conseguiria fazer ou não. E rolou muito! A gente nunca tinha dado aula, por exemplo.
Taliani: Foi a primeira vez. Com 16 alunos!
Gold: E desses looks não tem nada que foi feito só pela Amapô. Tudo tem uma parte da Amapô e uma parte dos alunos do Senac. Tudo misturado!
Taliani: A gente fez roupas aqui, mas a essência veio de nós todos. Acumulou um monte de coisa, colocamos no nosso funilzinho da Amapô e veio.
Gold: E também temos essa homenagem linda ao seu Espedito Seleiro, que vai fazer 80 anos. Foi uma sugestão do diretor de marketing do Senac, e a gente respondeu: “Óbvio!!!” Fomos conhecê-lo e parecia que a gente estava indo conhecer o Axl Rose! Ele contou várias histórias maravilhosas de como ele mesmo tingiu pela primeira vez o couro de vermelho, de branco, de preto, os pigmentos que ele inventou…

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Misturando o couro de Espedito Seleiro

com o jeans de efeito estonado! Repare também na calça, com o Padre Cícero pintado!

Taliani: O legal é que a gente fez uma mescla de seu Espedito com a Amapô, foi a primeira vez que ele fez isso.
Wakabara: Porque antes ele fazia e entregava pronto, né?
Taliani: Isso, e a gente fez em conjunto.
Gold: A pochete de franja, por exemplo, que é um item bem conhecido da Amapô. Mandamos para ele e pedimos para ele fazer do jeito dele.

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OLHA-ESSA-POCHETE

O que era bom sempre pode ficar melhor

Taliani: Foi um processo muito legal. Fomos no seu Espedito algumas vezes, não foi só chegar uma vez, pedir e pronto. Falamos com eles todos os dias… Um trabalho bem loucão. Uma parceria real, de verdade, Whatsapp bombando. Teve um dia que eu fiz praticamente um bate-e-volta, e é cansativo ir até lá. Mas foi de verdade!
Viveiros: Mas isso vai existir? Como produto?
Taliani: O seu Espedito tem uma produção muito limitada, artesanal. Estamos fazendo uns estudos para ver se conseguimos fazer alguma coisa. Por enquanto é o desfile mesmo.
Gold: É uma homenagem para ele, né?
Taliani: E vamos sentir. Daqui uns vinte dias a gente volta para o Crato, vamos ver com eles como foi… Enfim!

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Se ela dança, eu danço

Os recortes coloridos também são reproduzidos em estampa

Wakabara: Quais elementos vocês acham que são mais Cariri, mais Crato?
Gold: Ixe! (Olhando a arara com dificuldade de escolher)
Taliani: Nossa… Bom, seu Espedito, que é uma coisa centenária…
Gold: Tem as peças do Reizado. O Reizado acontece na época do Natal, um folclore que tenta manter a tradição, trazendo as crianças para conhecer essa cultura, para que ela não morra. Aqui (apontando) é como se fosse um Reizado jamantizado. Esse look é o shape das meninas brincantes do Reizado, falamos com uma mestra do Reizado para chegar nele, idêntico. Só que a gente fez de silicone futurista!

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A Carô está se referindo a essa peça aqui

Toda em silicone transparente!

Taliani: Também tem as peças do Mestre Noza
Gold: Que é essa maquete das casinhas.
Wakabara: Uau!
Taliani: Tem um espaço cultural lá, do Mestre Noza, onde alguns artesãos trabalham e vendem, a coisa mais linda do mundo!
Gold: Só de escultura de madeira!
Taliani: É muito especial, você entra no lugar e choca. O Mestre Noza estava esculpindo isso num tronco de madeira do começo.
Wakabara: Ah, então é assim, alto relevo!

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As casinhas coloridas de Mestre Noza

reproduzidas em tecido com efeito 3D!

Taliani: Isso! Depois ele mostrou outro trabalho desse tipo que já estava mais adiantado, e depois o pronto!
Gold: Que já era pintado. Os alunos desenharam um look que era com essas casinhas, só que estampado. E sugerimos fazer tridimensional, porque isso é um trabalho supertradicional da Amapô, de fazer essa maquete 3D, de aplicação… Essa peça foi feita lá, eles que fizeram. A modelagem, costura, escolher as cores…
Taliani: E tem também a coisa dos vaqueiros, né, que foi onde o Cariri começou. A história que também traz o seu Espedito, a história do Lampião. Que é isso aqui.

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Repara no jeans

Os recortes foram unidos com pesponto aparente, à vaqueiro

Gold: No croqui do aluno, isso era em couro marrom. Fizemos em jeans colorido, pesando a mão tipo Amapô, né?
Wakabara: Teve técnicas que vocês pegaram de lá?
Gold: Nossa, tá tudo tão misturado…
Taliani: Acho que mais as pinturas dos meninos.

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Pintura à mão

Uma mistura de elementos, cada um com a sua história ligada ao sertão cearense, quase como um corpo todo tatuado

Gold: A inspiração disso começou nesses panos de prato bem horrorosos.
Taliani: Fomos no mercado e ficamos horas, olhando pano de prato, olhando tudo…
Gold: E aí isso evoluiu incluindo elementos da cultura. Aqui é um brincante de Reizado. Essa libélula (apontando) está aí porque no Cariri tem um grande parque arqueológico. Um dos fósseis mais incríveis que eles acharam lá foi um de uma libélula. Ali tem os romeiros, essa aqui é uma flor típica da região, um careta, a beata Maria de Araújo do Padre Cícero…
Wakabara: Ah, cuspindo sangue! Super! [A história de Maria de Araújo é que ela cuspiu sangue ao comungar com uma hóstia de Padre Cícero]
Taliani: Aqui o Coração Coroado
Gold: E foi indo, para xilogravura e mais. Eles que pintaram.
Viveiros: Eles estudam moda?
Gold: São alunos de costura, modelagem e figurino. A maioria fez os três, alguns fizeram dois… É curso técnico.
Wakabara: E os tênis?
Gold: Foram feitos aqui, a ideia era que fossem feitos lá mas a logística não ia dar certo.
Taliani: E somos assim, o tempo inteiro olhando tudo de perto. Não conseguimos soltar muito. Esse foi o grande desafio. Desde sempre eu e Carô fazemos tudo, então tentamos soltar um pouco. Foi uma experiência muito legal, e foi de uma vez, ou faz ou não faz, tínhamos que dar a resposta para o Senac rápido.
Viveiros: Quanto tempo de processo?
Taliani: Um mês.
Viveiros e Wakabara: Um mês?!
Taliani: 30 dias.
Wakabara: Como assim, gente? 30 dias tudo isso? Inclusive seu Espedito Seleiro?
Taliani: Inclusive seu Espedito Seleiro. 30 dias exatos. O mais apertado até hoje.
Gold: Mas a vontade de fazer era maior!

Gostou? Veja também: Coisas que pensei quando vi os desfiles da Modem e da Lilly Sarti.

Preciso falar do desfile da Flavia Aranha mesmo que ele tenha sido uns borrões pra mim

Não quero me estender muito nessa introdução, mas esse SPFW N47 como um todo e especialmente o fim dele foi algo muito catártico e difícil pra mim. Só para explicar por alto o que aconteceu, eu já sabia que ia sair do site da Lilian antes da morte do Tales Cotta, no sábado. Pareço (e realmente quero parecer) muito forte e seguro mas desabei - motivo pelo qual tive que colocar os óculos escuros que estavam na minha pochete no desfile da Flavia Aranha. É que eu não parei de chorar, já estava sentado e com o vídeo de introdução rolando quando percebi que isso estava acontecendo, e para tentar não chamar tanto a atenção foi o que me ocorreu. Só que o pior de tudo é que eu, que gosto de procrastinar com algumas coisas, não mudei a lente desses óculos específicos até hoje, então assisti ao desfile míope, chorando, tudo borrado, com a cabeça na lua.

E ainda assim sei que o desfile foi maravilhoso, pois de qualquer forma vi alguma coisa; pois vi fotos; pois fui no backstage antes e conversei com a Flavia. Ele é o resultado de um trabalho que começou há 10 anos, pioneiro em moda sustentável com um belo design, o resultado de várias parcerias e várias descobertas da estilista ao longo desse tempo.

Foto do Zé Takahashi / Ag. Fotosite - Fonte FFW

Foto do Zé Takahashi / Ag. Fotosite - Fonte FFW

Ao contrário do que pode parecer, entrevistei a Flavia poucas vezes, talvez duas, antes dessa no backstage do SPFW. Mas uma delas é uma das minhas entrevistas preferidas - sobre o então projeto de uma lavanderia-tinturaria na qual os processos naturais poderiam ser colocados em prática com escala (ou seja, em uma quantidade bem maior e mais rapidamente). Leia aqui no site da Lilian Pacce.

1,353 Likes, 87 Comments - Flavia Aranha (@flaviaaranha) on Instagram: "Essa imagem representa muito o que nos propusemos a fazer nesse desfile. Quem faz, quem consome,..."

A passarela dessa estreia no SPFW foi feita assim, circular. O círculo foi um símbolo constante em outros desfiles do evento - em especial o da Lilly Sarti (leia sobre no site da Lilian). Toda vez que penso em círculo nesse contexto mais simbólico e artístico, penso nas obras da Tomie Ohtake.

Sem título (2012), da galeria Nara Roesler

Sem título (2012), da galeria Nara Roesler

Pra mim, Tomie também pintava círculos nessa procura pelo simbolismo universal dele, que perpassa várias culturas. Círculo é unidade e coletividade, uma forma sem arestas. Penso também nas danças circulares, no David Bowie com o círculo dourado na testa, em como a gente escutava música até bem pouco tempo atrás (os discos, do gramofone ao laser disc).

Para Flavia, também são vários os significados: círculo de conversa, economia circular, um lugar em que só existe primeira fila e em que todos são importantes sem primeiro nem último, o olhar o desfile e também o outro. Na moda, ela incluiu bastante godês nas modelagens - para quem não sabe, a saia godê é a que sai de um círculo com um furo no meio, grosso modo.

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Antes, Flavia só desfilou no evento Ecoera, cerca de 8 looks, algo bem menor. Agora são 28. “A Mercedes [Tristão, assessora de imprensa] plantou essa semente, dizendo que a marca precisava dar esse passo no sentido da imagem de moda. Mas passei muitos anos organizando os processos, a gestão da empresa, pra mim é muito importante que isso seja viável como negócio, não dá pra falar de sustentabilidade só na imagem. Fui protelando esse caminho, mas há uns dois anos a Mercedes começou a conversar com a Graça [Cabral, da Luminosidade, que organiza o SPFW]. Quase resolvemos desfilar antes, achei pouco tempo… E nessa edição deu certo.”

Flavia teve um mês para fazer tudo - pesado, mas ao mesmo tempo parece que essa década anterior sedimentou certezas e deu segurança para ela já saber melhor o que queria concretizar. “Queria esse espaço subjetivo para falar sobre coisas que você não consegue expressar na loja, é tanto o meu processo pessoal quanto resultado da maturidade da marca.” Ela explica também que a criação rolou de maneira bem diferente, tirando-a da zona de conforto, e abriu espaço para coisas que no dia-a-dia da gestão ela acabava deixando de lado.

O tema mistura pau-brasil, ancestralidade e identidade do país.

Qual é o impacto da exploração do pau-brasil como primeiro ciclo econômico na colonização e o quanto a gente ainda vive todas essas dores da desigualdade social e das injustiças? A eleição, todos os retrocessos bizarros que a gente vem vivendo. Uma angústia da situação política que está impactando minha rede totalmente: programas sociais e cooperativas que já vem sofrendo cortes.
— Flavia Aranha

Flavia começou fazendo experimentações na cartela de cores no tingimento com o pau-brasil, misturando-o. O vermelho vira bege com ácido cítrico, com outros componentes ele vai para o vinho. Depois ela acrescentou urucum e crajiru, formando um triunvirato nativo brasileiro e acrescentando a questão indígena. Chamam a atenção pinturas manuais, impressão botânica e os tons mais vivos. Na dupla de fotos acima, o que vemos é impressão de araucária na organza.

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Parece semente?

Mas não: esse top é feito com miçangas de cerâmica do Jequitinhonha queimadas na fogueira e pintadas com o próprio barro! Foto: Zé Takahashi / Ag. Fotosite

Tem também: seda com elastano do Casulo Feliz, enfeites de antúrios de cerâmica, amarrações e torções. Tudo belo. “É um reencontro com a minha manualidade”, ela diz.

Acessórios de quartzo rosa e cristal - Flavia vem estudando astrologia. Segundo ela, “quartzo rosa é amor, energia, uma força do ritual, do feminino, dos amuletos”. Foto: Zé Takahashi / Ag. Fotosite (detalhe)

Acessórios de quartzo rosa e cristal - Flavia vem estudando astrologia. Segundo ela, “quartzo rosa é amor, energia, uma força do ritual, do feminino, dos amuletos”. Foto: Zé Takahashi / Ag. Fotosite (detalhe)

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Casaco mara!

Das fiandeiras do Vale do Urucuia. A ideia é se referir à bandeira do Brasil mas com outras cores. Foto: Zé Takahashi / Ag. Fotosite

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Por um linho brasileiro

Você sabia que não tem linho no Brasil? Nem a fibra têxtil! Em sua pesquisa de material, Flavia encontrou a malva, planta nativa que pode dar num similar de linho maravilhoso. Essa peça é o primeiro exercício de algo que pode virar um tecido incrível e 100% nacional! Foto: Zé Takahashi / Ag. Fotosite

Flavia contou para mim que já está conversando com a Castanhal, companhia têxtil que trabalha com malva e juta, para desenvolver um fio melhor, mais macio, para o uso em vestuário. Gente que faz!

Por que o estilista só precisa pensar na imagem final? Por que, como designer, a gente também não consegue ter processos criativos na base? Se só tem linho chinês, por que não podemos criar nosso próprio linho aqui?
— Flavia Aranha

1,141 Likes, 22 Comments - Lane Marinho (@lanemarinho) on Instagram: "〰️🌸. { sobre o que vem da terra e que é raro, lindo e efêmero : essa é a cor do extrato de pau-..."

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Bolsa da Marchetaria do Acre

Tudo é madeira num trabalho de tingimento natural de cair o queixo. Foto: Fotosite/Divulgação

1,647 Likes, 127 Comments - Flavia Aranha (@flaviaaranha_) on Instagram: "Este ano amanheceu estranho. Difícil. Apertado. Parecia que nossos sonhos e nossas ideias não..."

Acho que deu para entender porque eu decidi escrever sobre o desfile da Flavia mesmo sem ter visto direito, né?
No fundo, acho que vi direito, sim.

Você gostou de mais alguma coisa do SPFW? Adorei Aluf, João Pimenta, Handred, Lenny Niemeyer e Led (os links levam para os textos que fiz no site da Lilian)! E merece menção também os outros jovens designers que participaram dessa edição - marcas independentes, estou com vocês. ;)