Você pode substituir Ad Astra por...

Ai, Ad Astra não me convenceu, não. Não sei se é a interpretação de Brad Pitt, que na verdade muita gente tem elogiado; se o tema não conversa comigo (eu entendi que o tema é solidão e melancolia, algo próximo de um estado depressivo, de uma falta de perspectiva futura e uma tentativa de resolver isso com uma questão do passado). É bonito sim, com fotografia lindíssima; e tem ideias interessantes como uma lua colonizada com vôos comerciais (da Virgin, claro). Mas talvez eu tenha achado que o roteiro e direção apelam para um melodramático exagerado quando o personagem Roy McBride, faz de tudo (de verdade, faz de tudo mesmo!!!) para rever o pai numa relação que nem é construída de fato.

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E vamos combinar: se um filme hollywoodiano traz um título em latim, é porque ele quer muito forçar a barra, vai. Acho prepotente.
Sim, a gente poderia ter várias leituras sobre essa jornada do personagem. Vi que o diretor James Gray falou do espectro do autismo (um grau leve) que Roy McBride tem. É um subtexto que você pode supor mas nunca é colocado de maneira clara no roteiro. Gray diz que isso não é um fato, mas que ele comentou a respeito em uma entrevista: a Nasa costuma procurar pessoas que não precisam de interação social para se manter saudáveis.
É um filme que, apesar de eu não ter gostado muito, como vocês podem perceber, me fez ficar pensando.

Mas tem gente que gostou, então assista por sua própria conta e risco e... vai que você gosta? Para mim, tem diversos outros filmes com astronauta que são bem mais interessantes - vamos a eles:

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Interestelar (2014), de Christopher Nolan

Muita gente AMOU Interestelar e eu estou incluído nessa lista: o longa usa teorias físicas complicadérrimas para o seu roteiro e mesmo assim o povo amou. Bom sinal, não?

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Gravidade (2013) de Alfonso Cuáron

A luta pela vida. Uma interpretação babadeira de Sandra Bullock. Uma participação charmosa de George Clooney. E cenas lindas. Saudades de Gravidade.

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A Chegada (2016) de Denis Villeneuve

Não se passa exatamente no espaço e acho que isso, aliás, conta a favor. É baseado num texto de Ted Chiang e eu também recomendo o livro, se chama História da Sua Vida e Outros Contos. Ambos, filme e conto, fazem pensar sobre como a linguagem é importante na nossa definição enquanto indivíduo, na nossa cultura, na nossa visão coletiva sobre as coisas.

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Perdido em Marte (2015) de Ridley Scott

Não é necessariamente tão metafórico e cabeça quanto os anteriores, mas é um filmão de sci-fi que entretém. Eu gosto!

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Contato (1997) de Robert Zemeckis

Um clássico! Precursor de toda essa onda mais recente, baseado num livro de Carl Sagan

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Terra à Deriva (2019) de Frant Gwo

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Lunar (2009) de Duncan Jones

Interpretação tipo Ruth e Raquel de Sam Rockwell, história muito instigante. Recomendo fortemente!

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Europa Report (2013) de Sebastián Cordero

Até onde você se doaria para a ciência? A história é construída em esquema tipo A Bruxa de Blair, sabe, em tom documental. Pouca gente assistiu e particularmente gosto muito dele - assista!

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Prometheus (2012) de Ridley Scott

Muita gente considera Prometheus um derivativo reducionista de Alien. Pode até ser, mas me entreteve mesmo assim. Eu gostei!

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Vida (2017) de Daniel Espinosa

Daqueles que juntam sci-fi com filme de terror: criatura é trazida para o interior da nave e o que era para ser uma grande descoberta científica vira uma ameaça letal. Clichê, tem um monte igual, mas é legal

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Geração Marte (2017)

Na verdade um documentário, ele parte de crianças que têm o sonho de trabalhar na Nasa e fala sobre as possibilidades reais de ainda vermos o homem pisando em Marte. Tem na Netflix e é bem interessante!

E NÃO assista Passageiros (2017) com Jennifer Lawrence e Chris Pratt, é muito ruim! Nesse caso, melhor assistir Ad Astra mesmo!