Completamente arrependidah de não ter ido na Casa de Criadores nesse 3º dia

Meu Deus. Como pude faltar. Fernando Cozendey fez uma coleção em minha homenagem e não me avisou (#ALOKA).

Sério, olha isso:

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A maravilhosa Sailor Moon <3 <3 <3

Sim, a gente quer para PENDURAR NA SALA

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Todos sabemos

que provavelmente vou querer essa blusa

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OU ESSA

O Bulbassauro arrasa <3

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Justiça para Shun de Andrômeda

A bi mais linda de todos os animes produzidos no universo

Resumindo, Cozendey buscou no Japão as suas referências para a nova coleção. Essa pode ser considerada uma volta ao figurativo pop em lycra (é tudo recorte de tecido!), mas também tinham outras coisas bacanas: referência a origami, à caligrafia, ao butô, carpa, sakura, videogame e mais um monte de outras coisas que obviamente eu saberia dizer se tivesse tido vergonha na cara e ido conversar com ele no backstage. No rosto, as máscaras remetem às que os japoneses usam em época de alergia, ou quando não querem ficar doentes, ou quando estão doentes e não querem passar doença para os outros.

We love you, P5!

Talvez você só conheça isso:

E tudo bem, eu também só conhecia isso no começo. Foi aí que conheci o Pizzicato Five, a banda que diziam que era uma versão japonesa do Deee-Lite (que eu adorava).
Mas não era bem assim.

Keitarō Takanami, Maki Nomiya e Yasuharu Konishi, que se convencionou como a formação clássica do Pizzicato Five

Keitarō Takanami, Maki Nomiya e Yasuharu Konishi, que se convencionou como a formação clássica do Pizzicato Five

Assim como todo mundo, o Pizzicato Five tem um passado. Ele foi formado em 1979 pelos membros fundadores Yasuharu e Keitarô ainda na universidade, e contava com mais 3 integrantes (daí vem o Five do nome). Mas na primeira gravação já tinham sobrado só quatro: os dois fundadores mais Ryō Kamomiya e Mamiko Sasaki. E adivinha quem produziu e lançou o primeiro EP deles? Nada menos que a lenda Haruomi Hosono, membro das bandas Happy End (que já contei aqui que é uma das minhas preferidas do mundo) e Yellow Magic Orchestra. O EP já trazia bastante do que o Pizzicato Five seria, mas não tudo: era o Audrey Hepburn Complex, e foi lançado em 1985.

Ou seja: já tinha referências vintage dos anos 1960, esse ar fofinho misturado com camp que só o P5 sabe fazer (?!?), uma vocalista que deveria ser cheia de pose (Sasaki não segura muito a onda, mas tinha potencial), um cuidado especial com o material de divulgação (clipe, álbuns, cartazes).
Um tempo depois, em 1987, o P5 lança o álbum Couples, que eu na minha opinião suspeita de grande fã acho uma maravilha, mas flopou.

É meio Carpenters, meio chanson, meio lounge music. Sou o feliz proprietário de uma unidade de um relançamento em vinil desse álbum. #fissuradinho
Depois dele, Kamomiya e a vocalista Sasaki saem. Quem entra é, surpresa, Takao Tajima, nada menos que o vocalista do Original Love!
Não entendeu nada, né? Bom, eu te garanto, Original Love é TUDO.

Sempre me lembrou o Jota Quest do começo, o que é uma coisa boa, que fique claro. Esse namoro com o soul, meio… artista da Trama, sabe? E essa nem é a minha música preferida do Original Love. É essa aqui:

Voltando: Tajima se dividiu entre o P5 e o Original Love uma época. Essa música, por exemplo, é dessa fase:

É estranho ouvir Pizzicato Five com uma voz masculina, né? Mas acho legal, também!
Acontece que, pelo que dá para perceber nas vendas, o povo não achou tão legal assim…

Em 1990, começa a mágica: Tajima decide se dedicar ao Original Love e entra Maki Nomiya. A formação mais clássica do Pizzicato Five, um trio, estava em ação. E mais clássica porque:
1. Em 1991 eles lançam o álbum This Year's Girl, que conta com o hit internacional Twiggy Twiggy que a gente viu no começo desse post;
2. É a partir desse momento que começam os comentários e maravilhamentos sobre o chamado Shibuya-kei!

Mas o que é Shibuya-kei?

Um movimento? Uma cena? Um gênero musical? Uma estética?
Shibuya é um bairro de Tóquio bastante comercial, cheio de moda, movimento e vida noturna, com unidades das lojas Tower Records e da HMV (para quem não sabe, no Japão a indústria de CD segue firme e forte!). Não sou tão fã de Shibuya - prefiro Shinjuku, que é central mas menos posudo, ou Asakusa, que lembra um Japão mais tradicional, ou Harajuku, com sua mistura kawaii-fashion-armadilha-de-turista.
(Na verdade prefiro mesmo é Osaka, a outra cidade… kkkkkkk)

O Shibuya-kei nasceu em Shibuya e agrupa bandas e artistas que gostam de uma estética meio kitsch, meio montação, meio era Showa em versão atualizada, meio música pop ocidental. Pense em Serge Gainsbourg com Jane Birkin, as melodias doces de Burt Bacharach, a orquestração de Phil Spector e do Beach Boys de Brian Wilson. Só que nipônico! No fundo, o P5 já era tudo isso. Acrescentou-se a cultura do sampler, do mixer, do cut-copy. Bem pós-modernasss! Outros que tinham essas referências em comum se juntaram a eles. Caso do Flipper's Guitar, que existiu por pouco tempo mas tem fãs fervorosos.

Depois do Flipper's Guitar acabar, um dos integrantes, Keigo Oyamada, seguiu solo assinando como Cornelius. E virou uma das maiores referências do Shibuya-kei.

O conceito elástico do Shibuya-kei inclui o próprio Original Love, as lindas do Cibo Matto (que na verdade foi formado em NY!), o DJ Fantastic Plastic Machine e o Buffallo Daughter. Tem quem inclua até o Dimitri from Paris (e sinceramente, para mim, faz sentido).

Voltando ao This Year's Girl. Já estava quase tudo lá. A voz (e a pose) de Nomiya, a figura dela como musa num comentário engraçado e estilizado sobre a cultura da celebridade, as referências sessentistas, a aura cool, o foco no individualismo sendo que a cultura japonesa tende a valorizar o coletivo (a faixa 2 é I, em que a vocalista fica explicando como ela é na letra, a faixa 3 é Ohayo, bom dia em japonês, tipo uma versão blasé de Cotidiano?! kkkk).

Existe essa tendência japonesa a achar tudo que é ocidental mais cool. Mal sabem eles… This Year’s Girl é um discão: Baby Love Child, Thank You, Party (regravação de música do repertório solo de Hosono lançada por ele em 1973) - tudo é fácil, pop. A maioria das músicas originais são de autoria de Konishi.

Uma curiosidade: Twiggy Twiggy é composição de Nanako Sato. E existe… uma primeira versão. De um disco solo de Maki Nomiya. De 1981!!!

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É desse disco aqui

Existia um registro no YouTube mas sumiu :(

A versão do Pizzicato Five é bem mais animadona, e ganhou um "epílogo” instrumental de autoria de Konishi que dá todo um charme a mais e se chama Twiggy vs James Bond. A versão que a gente conhece são as duas músicas juntas!
Nanako, que é uma artista bem interessante, um dia desses regravou Twiggy Twiggy. Legalzinho. Mas acho mais legal o álbum Funny Walkin’ dela, de 1977! Pop disco jazz divertido, roquinhos inocentes, músicas com forte gosto retrô na boca (tipo o que a Rita Lee fez depois com Flagra, Só de Você e outros pops abolerados dela, e de certa forma também é o que o Pizzicato Five também faria algumas vezes).

Em 1992, chega o novo álbum Sweet Pizzicato Five e, com ele, o último elemento que faltava para a essência do grupo: o namoro com a música eletrônica. É por isso que existiam comparações com Deee-Lite, sacou? A primeira música do álbum é Tout Va Bien:

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Capa e outra capa!

Nomiya abusava das perucas e montações, a identificação com a cena clubber foi imediata!

Também são dessa época duas músicas bem conhecidas que saíram em single: Sweet Soul Revue e Tōkyō wa Yoru no Shichiji (que fora do Japão virou The Night is Still Young e quer dizer Tóquio às 7h da noite). Ambas são uma delicinha, mesmo:

E aí começaram a sair as compilações da americana Matador Records. Se eu estou bem lembrado (provavelmente não, mas enfim), tinha lido em algum lugar essa comparação com Deee-Lite e, na Rua 24 Horas de Curitiba (?!??) tinha uma loja de CDs. Em uma viagem, vi a coletânea Made in USA na vitrine e comprei - ou fiz minha tia comprar? Sei lá. Foi amor - e vício - à primeira vista. Já gastei muito dinheiro com o P5. Foram CDs importados, singles, praticamente qualquer coisa que tivesse uma imagem da Nomiya!

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Cheguei a fazer um amigo por correspondência que morava nos EUA e que me mandava mix tapes com músicas do P5 (nunca o encontrei ao vivo). E quando Maki Nomiya veio para BH participar de um show da Fernanda Takai eu não pensei duas vezes - fui (obrigado mais uma vez Flavia Durante pela credencial alcançada). Tem uma história muito engraçada sobre isso: fui para Congonhas pegar o avião e lá vi uma mulher toda posuda de cabelo preto, com uns óculos escuros grandões, um lenço estiloso na cabeça e uma entourage. Pensei "MEU DEUS DO CÉU, SÓ PODE SER A MAKI NOMIYA". Fui chegando perto e fazendo uma cara de paisagem, como quem não quer nada. Mais perto. Mais perto. Mais perto. E aí ouvi a mulher falando.

A voz não deixava dúvidas.
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Era a Marisa Monte.

Sim, confundi a minha cantora japonesa preferida com a Marisa Monte.
Ah, a miopia… kkkk

Em 1994, Takanami saiu e o trio virou dupla. Em seguida, apareceu um dos meus álbuns preferidos do P5, Overdose, que é inspirado em NY. Entre as músicas, essa:

Soul delicioso! Também tem várias outras tipo On the Sunny Side of the Street e o rock Superstar:

1995 viria com o álbum Romantique 96, que sinceramente não acho tão forte apesar de ter coisas como Tokyo Mon Amour, The Sound of Music, Triste e Nata di Marzo. Em algumas músicas, ele me parece antecipar a vontade de voltar ao pop dos anos 1960 mas agora com referências menos kitsch, que são levadas mais a sério, tipo… bom, vamos falar logo: tipo Beatles. Se você pensar bem, olhando agora com distância, o P5 estava fazendo o seu próprio britpop, que era mais pop. Meio Abbey Road, meio álbum branco e mais McCartney e Harrison que Lennon.

Ah, e a oitava faixa é Contact, uma versão da música de Brigitte Bardot composta por Gainsbourg! Acho um charme, e era a cara dos anos 1990 o indie ouvir Gainsbourg, lembra? A versão original segue abaixo:

A partir daí, P5 lançou alguns singles e EPs ótimos mas, na minha opinião, o encanto começou a se quebrar. :( Mas calma - teve o single Baby Portable Rock em 1996:

E teve a Sister Freedom Tapes no mesmo ano, que é total Beatles e eu AMO:

Acho todo o resto que veio depois redundante e pior - desculpa para quem adora Happy End of the World e Playboy Playgirl, para mim é meio bobagem. Bobagem gostosa, mas bobagem. kkkkkk
PORÉM o último álbum, Çà et là du Japon, saiu em 2001 e é bem interessante por ser diferentão. Uma homenagem ao Japão no inverno (?? kkkkk), ele já traz poucas músicas com Nomiya e vários convidados, como Bertrand Burgalat. Fico encantado também com a versão de AIUEO, originalmente do seminal álbum Kazemachi Roman da banda Happy End, em uma pegada bem bossa nova. E Gotta Call’em All!? Sim, é uma versão da música de Pokémon. QUENDA!

Parece que tá rolando uns relançamentos de Pizzicato Five recentemente.

Tem pouquíssima coisa deles no Spotify, mas Nomiya em si continua firme em sua carreira solo. Um de seus álbuns, de 2014, resgata sucessos do… Shibuya-kei! Tem coisas do Pizzicato Five, tem a música que gosto do Original Love... Adoro.

E chega, que já tá bão demais, né?

Tchau!

Tchau!

Obs.: Se você chegou até aqui, talvez também se interesse por esses posts abaixo!

. Não entender a letra não te impede de gostar da música
. Um bairro que é um mito: Harajuku
. Saiba mais sobre o bubblegum pop

ATUALIZAÇÃO 13/12/2019: TEM PIZZICATO FIVE NO SPOTIFY!
Chegou a compilação! ESTOU TÃO FELIZ!!!

Tudo bem, eu gosto do Pikachu, mas o Drippy levou essa história longe demais

Conhece o Drippy? Nem eu, mas o nome dele chegou até mim por causa de outra coisa.
De uma tatuagem.
Que ele fez na cara.
Na região de um dos olhos invadindo a testa e parte da bochecha.
De um
Pikachu.

"Wakabara, isso é mentira, tá na cara que é maquiagem!"
Bom, pode ser, mas então ele é bem persistente no personagem porque existem várias imagens, várias, desde que ele apareceu com esse Pikachu na cara pela primeira vez.

Uma semana AND COUNTING.

Aliás, queria aproveitar para parabenizar o Ash por, desde 1997 tentar vencer na Liga Pokémon e agora, em 2019, ele conseguir. Parabéns, Ash. Você mostrou que não basta acreditar, também tem que ter bastante paciência.

"Viva, finalmente ganhei essa caralha!"

"Viva, finalmente ganhei essa caralha!"

Bom, voltando ao Drippy.
Quer dizer, nem tenho mais o que dizer. Eu tenho um Pikachu tatuado no braço. Mas sei lá, até para os meus padrões achei um tanto… peculiar.

"Tô de olho”

"Tô de olho”

OBS.: segue a única música do Drippy que achei.

O mundo é kawaii, aceita

Sabe o que é kawaii? Caso não saiba, por favor entre em alguns posts antes de conferir esse - assim você não fica boiando. São eles:

. O que é kawaii?
. A rainha e a embaixadora do kawaii
. O lado dark do kawaii
. Harajuku: a meca do kawaii

Não acho que o Wikipedia é exatamente a melhor fonte para você descobrir coisas mas o site tem uma lista das maiores franquias, em questão monetária mesmo, levando em consideração videogame, livro, filme, série de TV. O que entra na conta é só ganho divulgado publicamente. E adivinha… 7 dos 10 primeiros podem ser considerados, de alguma maneira, kawaii. Ou seja, o mundo é kawaii, quem não gostar que lide com isso. E o primeiro lugar é de…

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Pokémon

Videogame criado em 1996, já rendeu cerca de US$ 95 bilhões! Entre merchandising, os próprios jogos, os quadrinhos, a série de TV, os filmes… Chocante, né? A dona da marca Pokémon é a Nintendo e os criadores são os japoneses Satoshi Tajiri e Ken Sugimori. Tajiri chegou a trabalhar na franquia que ficou em 9º lugar e que a gente também está considerando kawaii porque, bem… kawaii:

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Mario

Mario também é da Nintendo - desde 1981 - e o grosso do seu rendimento até hoje (US$ 36 bilhões) vem de videogame. Tajiri trabalhou em dois spinoffs, Yoshi (<3) e Mario & Wario, enquanto esperava para o projeto Pokémon sair do papel. Mario foi criado por Shigeru Miyamoto, o nome por trás de Donkey Kong e The Legend of Zelda - uma lenda, né? 1981 é o ano zero de Mario porque ele foi recriado a partir do carinha que pulava em Donkey Kong, o Jumpman, e o jogo do gorila é de 1981. Mario Bros, o game de Mario com o irmão Luigi, saiu em 1983.
Mas em segundo lugar na lista tem outra franquia japonesa. Você sabe, não sabe?

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Hello Kitty

Não vou me estender muito sobre ela porque já falei bastante de Hello Kitty nesse blog.
Confira:
. Notícias estranhas do mundo Hello Kitty
. A rainha do kawaii - e a embaixadora

Sigamos para o terceiro lugar que talvez te surpreenda. Sua origem é inglesa e hoje ele é propriedade da Disney:

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Ursinho Puff

O livro Winnie the Pooh surgiu em forma de livro do autor inglês A. A. Milne. Nos anos 1960, a Disney licenciou a marca para fazer umas coisinhas e descobriu um pote de moedas de ouro (ou de mel?). O grande segredo dessa franquia, o motivo dela render tanto, é… licenciados mesmo. Segundo o artigo do Wikipedia, o ursinho já vendeu US$ 74 bilhões e meio em varejo. Ele é adorado no Japão. Além disso, teve um filme live action recentemente, Christopher Robin - Um Reencontro Inesquecível (2018) protagonizado por Ewan McGregor. Assisti e é bem fofinho mesmo. Ursinho Puff já rendeu cerca de US$ 75 bilhões ao todo, contando aquelas pencas de DVD das Lojas Americanas.
O próximo, quem diria, atrás de Winnie the Pooh, está o "dono” dele…

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Mickey Mouse

Estou considerando esse quarto lugar kawaii apesar de episódios do South Park terem tirado toda minha inocência.
Mickey já rendeu US$ 70 bilhões. E é criação de Walt Disney, como todo mundo já sabe.
Você sabia que, antes do Mickey, a aposta de Disney era em um coelho? Oswald, na minha modesta opinião, é mais fofo.

"Não vem, não, palhaço, vai dar high five na sua vó!”

"Não vem, não, palhaço, vai dar high five na sua vó!”

O quinto lugar não é kawaii: Star Wars ocupa a posição com louvor. Já o sexto é outro que vem do Japão e eu nunca entendi porque gostam tanto dele.

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Anpanman

Qual é a graça em um super-homem cara de pastel? Anpan é um doce japonês que as crianças curtem, tipo um bolinho geralmente com recheio de feijão azuki.
A primeira pergunta é: ele é kawaii? A princípio eu diria que não, mas como você pode conferir nos links do começo desse post a arte de identificar o que é kawaii é muito refinada e cheia de obstáculos.
A verdade é que esse bicho feio de 1973 faz sucesso até hoje. No Japão eu quase me rendi a ele - tem um museu dedicado ao Anpanman em Kobe, uma cidade portuária linda.
O criador de Anpanman se chama Takashi Yanase. Prefiro, entre as suas criações, o Niyandar - que é basicamente uma versão do Anpanman em forma de gato, me desculpem os fãs.
Yanase era amigo do Osamu Tezuka, considerado o deus do manga, que fez o Astroboy.

Aí a gente chega no sétimo lugar que considerei kawaii com ressalvas. Aliás, nem considero uma franquia direito. Mas enfim. Aqui estão elas:

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Princesas da Disney

Kawaii? Hum. Parece mais uma versão de um desfile da Victoria's Secret para crianças. E se até a Victoria's Secret está em crise… Melhorem!
O cara que percebeu que o conceito "princesas da Disney” já existia mas a empresa não faturava com ele se chama, sem brincadeira: Andy Mooney. kkkkkkkkk Ele era um executivo da Nike antes de ir para a Disney.
Fora tudo o que eu poderia fazer de discurso do desconstruidão aqui, a princesa mais legal da Disney, Moana, foi incluída no grupo sem coroação. Então, por mim, que percam dinheiro e desçam no ranking!

O oitavo colocado, surpresa, é um manga: Jump é praticamente uma instituição cultural no Japão, os quadrinhos voltados a princípio para meninos. Mas não acho exatamente kawaii. Mario, já citado, é o nono, e o universo cinematográfico da Marvel é o décimo. Quem quiser ver a lista completa, que é bem interessante - ela está aqui! Será que Jornada nas Estrelas está antes ou depois de Angry Birds? Descubra lá!

Sim, já quero tatuar mais pokémons ao sair do cinema

As pessoas que estão falando mal de Detetive Pikachu por aí provavelmente estavam esperando por um Cidadão Kane, um Casablanca, algo bem sofisticado e bem pouco a ver com a história dos games, do anime e dos filmes-desenho anteriores.

Como é que alguém tem coragem de falar mal disso?

Como é que alguém tem coragem de falar mal disso?

Pokémon começou como um par de jogos para Game Boy em 1995 - que até hoje é o máximo de jogar. Eles geraram várias espécies de “atualizações”, versões novas do mesmo esquema, que continuam saindo de tempos em tempos. A última, se não estou enganado, foi em 2017.

Mas Pokémon, a franquia, também gerou outros jogos - como é o caso de Detective Pikachu de 2018, inspiração do filme que estreou.

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O jogo

As pessoas se perguntam como eu tive a manha de tatuar o Pikachu - bom, como vocês tem a manha de NÃO TATUÁ-LO?!

Sem falar dos desenhos, que eu amo muito, e dos filmes-desenhos. <3 Todos eles são mais baseados nesse esquema do jogo original. E o Pokémon Go, que virou uma febre ao juntar game e GPS? Acho gênio - não joguei mais depois da primeira febre mas se eles capricharam em prêmios e achados para cada cidade do mundo deve estar mara!

Então vamos ao filme novo - vou tentar não dar spoilers. Como ele também deve ter essa função de manter a base original de fãs e atualizá-la com novinhos, o longa fica numa situação difícil: precisa agradar gregos e troianos. Sinceramente acho que equilibra bem, não é tão infantil nem muito complicado. Um dos pontos positivos logo de cara é que eles não colocaram um Ash nesse primeiro live-action - seria muito mais arriscado porque as pessoas já têm uma imagem muito bem formada sobre como seria o Ash, um dos personagem principais do anime, portanto precisariam cumprir com a expectativa tanto dele quanto do próprio Pikachu.
Mas e o Pikachu? A outra jogada interessante é que esse é o primeiro Pikachu que fala como um ser humano. Então a imagem que você tinha dele já é quebrada logo de cara! É um Pikachu doidão, viciado em café, quase um Ted (aquele ursinho boca-suja do filme do Mark Wahlberg) porém G-Rated.

Fora o fato dos pokémons que aparecem muito fofos no geral e já valem o valor da entrada (tatuando bubassauros pra já), o filme tem mais algumas coisas que gostei bastante. O primeiro é cidade, que é simplesmente uma cidade dos sonhos: uma mistura de Londres e Tóquio cheia de pokémon. Onde eu entro com o pedido de visto?

Me leva, Pikachu!

Me leva, Pikachu!

E outra coisa é a própria história: ela fala sobre como a gente vê a figura paterna e as responsabilidades de um pai nos dias de hoje. Ainda é meio recente a morte do meu pai, mas acho que teria me tocado de qualquer forma. Como é a sua relação com o seu pai? Como você vê o papel do pai nos dias de hoje?

Ah, e veja legendado, pelamor! Não perca a voz do Ryan Reynolds no Pikachu, você vai se arrepender se assistir dublado! Depois não vá dizer que não avisei!
O Justice Smith, ator principal que já fez The Get Down na Netflix e Jurassic World: Reino Ameaçado é uma graça. Também vale por ele!
(Um defeito: tem só um personagem oriental de peso no filme inteiro. A menos que você considere a Rita Ora meio oriental depois de todos os procedimentos que ela já fez no rosto. Considerando que a origem da franquia é japonesa, achei meio nada a ver.)

Veja o trailer: