O melhor do Eurovision 2020 (segundo eu mesmo)
Eu sei, você não me aguenta mais falando de Eurovision.
Mas não reclama porque se pá daqui a pouco vem o melhor do Eurovision de 1978, de 2002, de 1983…
De qualquer forma, o Eurovision 2020 é especial pois não aconteceu. Não houve premiação. Ela foi transferida para 2021 e é possível que novas músicas sejam inscritas pelos países, portanto essas, de 2020, que já tinham sido anunciadas, ficam num vácuo.
Já falei em vários lugares que a minha preferida entre as inscritas era Cleopatra da Efendi, que concorreria pelo Azerbaijão.
Composta por uma turma que não é do Azerbaijão, Cleopatra quase foi gravada e defendida por Senhit concorrendo por San Marino! Acabou que os compositores retiraram a inscrição deles de San Marino e optaram por Azerbaijão, e assim esse hit caiu no colo de Efendi. Apesar de superpop, a gravação conta com 3 instrumentos típicos do país misturados a todo o bololô eletrônico. E rolou um babado porque, apesar do Azerbaijão não ser um exemplo de progresso em direitos LGBTQ+, a música traz a frase: "Cleopatra was a queen like me/Straight and gay and everything in between”.
Efendi já participou de vários concursos antes de ser a escolhida para representar o seu país no Eurovision 2020. Olha abaixo a participação dela em um deles:
O Azerbaijão já anunciou que Efendi vai concorrer no Eurovision 2021 representando-os.
Mas enfim: quais são as outras músicas do Eurovision 2020 que eu gosto?
Prepara-se para se encantar com
Think About Things - Daði & Gagnamagnið (Islândia)
O look, o clipe, a música em si, a coreografia. Daði é tudo. Ele passou parte da infância na Dinamarca e hoje vive em Berlim. Já fez parte de banda, concorreu na pré-seleção do Eurovision 2017 (a islandesa se chama Söngvakeppnin) com Hvað með það? – ficou em segundo lugar. Olha o vídeo abaixo: eles já usavam os moletons, os instrumentos. É mara:
A Islândia ainda não confirmou sua participação no Eurovision 2021.
Uno - Little Big (Rússia)
Se você achou Daði exótico, bom… Little Big é um pouco mais. Parece um desfile da Gucci por Alessandro Michele (só que com gordo – diferença bem importante, né, Gucci?). Amo o voguing, amo a transparência da camisa do Ilya “Ilich” Prusikin (mostrando suas tatuagens russas), a coreografia com as pernas (quanta ginga), a boca preta do Anton "Boo" Lissov, os macacões barangos com franja no quadril e boca de sino, o cenário em pastel millennial meio anos 1970 reaproveitado nos anos 1980. É a melhor bobagem que você vai ver nessa semana.
Little Uno já tem discos e EPs lançados. A ideia é ser uma sátira dos estereótipos russos. E eles já foram bem mais trash do que Uno – veja, por exemplo, a singeleza de Big Dick lançada em 2016:
Podre. Kkkkkkkkkkkk!
Rússia não confirmou a participação no próximo Eurovision.
Freaky - Senhit (San Marino)
Senhit não ganhou Cleopatra mas ficou com a ótima Freaky. Ela é italiana e seus pais são da Eritreia. Senhit já participou do Eurovision de 2011 com Stand By (que não era tão boa quanto Freaky, infelizmente, e não passou da semifinal).
Senhit está confirmada como a representante de San Marino no Eurovision 2021.
Menção honrosa para:
On Fire - The Roop (Lituânia)
Essa bi é muito closeira kkkkkk
É isso.
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