E finalmente tem Tarsila do Amaral. É uma exposição muito imperdível, muito inacreditável, uma mulher brasileira que é uma das artistas mais importantes do mundo e que ainda assim, mais de 45 anos após sua morte, não tinha tido uma retrospectiva dessas proporções no seu país de origem. E, aliás, precisou ter uma exposição dessas proporções antes… no MoMA.
Não sou especialista em arte, o que sei e conheço sobre o assunto foi por pesquisa e umas aulinhas na escola e na faculdade. Mas não dá para ficar incólume diante do conjunto das obras de Tarsila. É paupável a importância dela.
Mas por tudo isso e pelo meu background, vou falar algo que os puristas talvez achem futilidade mas eu não acho: Tarsila é CHIQUÉRRIMA.
Essa coisa de desafiar o BCBG (bon chic bon genre), de colocar o que ela chamava de cores caipiras como um dos seus principais motes, de usar temas da cultura popular e elevá-los - é um tipo de plot twist que também me faz admirar outros criadores como Miuccia Prada (desafiando o conceito de cafona na moda). Claro que Tarsila fazia parte de uma elite, era de outra época e portanto sua visão da pobreza - do Morro da Favela, por exemplo - é romântica.