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Vamp não foi a primeira novela com vampiro: conheça Drácula, Uma História de Amor

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Eu ia falar sobre Vamp, seguindo a minha investigação sobre as novelas teen que Antonio Calmon escreveu (Top Model antes, Olho no Olho depois, formando uma trilogia). Mas aí o Eduardo Viveiros fez questão de descobrir e me mostrar que Vamp não foi a primeira novela sobre vampiros da TV brasileira. Não sei se houve alguma antes dessa, mas Drácula, Uma História de Amor traz o próprio Conde Drácula como protagonista e é uma das últimas novelas da Tupi. Entrou em janeiro de 1980 no ar, e saiu depois de quatro capítulos por causa da crise financeira da emissora.

Mas esse não foi o fim – em julho, dias depois da Tupi fechar as portas definitivamente, a Bandeirantes aproveitava a equipe (mas não o diretor, Walter Avancini, substituído por Antônio Abujamra e Atílio Riccó; Avancini assinou como supervisor) e colocava Um Homem Muito Especial no ar, uma adaptação de Drácula, Uma História de Amor com os primeiros capítulos reescritos.

Outra curiosidade maravilhosa: a sinopse e o roteiro eram de Rubens Ewald Filho! Depois, ele sairia desse barco antes de afundar e seria substituído.

A história de ambas: Hanna (Isabel Ribeiro) era empregada do Conde Drácula (Rubens de Falco) e fugiu com o filho único dele para que ele não fosse vampiro como o pai. Ela o criou como um filho, Rafael (Carlos Alberto Riccelli)... no Brasil! Como ela trabalhava na Transilvânia e foi parar no Brasil? Mistérios.

Aí Rafael arruma uma namorada por aqui, Mariana (Bruna Lombardi, pelo que entendi ela se chama Cecília na primeira versão). Drácula assume o nome de Vladimir Vonstoff e vai atrás de Rafael. Acontece que ele vê Mariana… e se apaixona, acreditando que ela é a reencarnação de um amor do passado.

Destaque também para dona Marta (Cleyde Yáconis), a avó de Mariana, uma senhora poderosíssima capaz de enfrentar Conde Vlad. Vi só duas ceninhas com ela e já fiquei passado. O poder de Cleyde, né, meu bem?

Curiosidades: o elenco da novela da Band contava com Herson Capri, Claudia Alencar, Giuseppe Oristânio, Esther Góes e Matheus Carrieri (!!!). Matheus tinha 13 aninhos.

Outra coisa que amo: na trilha sonora de Um Homem Muito Especial tinha Doce Vampiro, composição de Rita Lee e Roberto de Carvalho, na interpretação de Ney Matogrosso.

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Em Vamp, a cantora Natasha (Claudia Ohana) também canta Doce Vampiro, mas a música não apareceu na trilha sonora nem no disco da Rádio Corsário (que era a rádio que a partir de certo capítulo começava a tocar nos auto-falantes de Armação dos Anjos e também batizou a terceira trilha da novela, fora a nacional e a internacional). Ohana pinta na trilha sonora nacional cantando Sympathy for the Devil e na da Rádio Corsário entoando Que Tudo Vá Para o Inferno. Mas eu tenho vídeo para provaaaar…

Outro ponto em comum entre Um Homem Muito Especial e Vamp é que o personagem de Ney Latorraca na segunda também atende por Conde Vlad, mas com outro sobrenome: Polanski.

E agora uma cena de Um Homem Muito Especial. Já pegou no pescocinho? Já peguei…

Uma coisa instigante é que Bruna Lombardi e Carlos Alberto Riccelli começaram a faltar – dizem que antes do fim da novela, eles foram para a Globo bem doidos-leves-soltos – e que resolveram então matar os protagonistas num incêndio. Simples assim. A mocinha acabou virando Alcina, a personagem de Cláudia Alencar. Acontece…

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