The Mandalorian: tipo Central do Brasil mas com naves espaciais e armas que soltam laser
Sim, eu sei: tal qual o Disney+, estou usando do Baby Yoda para atrair sua atenção e sua audiência. Ele é irresistível, ele é a personificação da fofura em forma de CGI. Ele é, sim, a kawaiização da cultura ocidental! (Para quem ainda não está familiarizado com o conceito de kawaii, recomendo o post O que é kawaii? desse mesmo blog kkkkk)
(Tem um livro, The Power of Cute, lançado nesse ano e já devidamente encomendado por mim na Amazon, que fala sobre essa invasão da fofice na nossa cultura, dos emojis até Hello Kitty. Deve ser interessante. Quando eu ler e se for bom, conto para vocês.)
Mas Baby Yoda, enfim, é um dos personagens principais da série que se insere no universo Star Wars, a The Mandalorian, uma das maiores apostas de inéditos do novo serviço de streaming da Disney+ (ainda não disponível no Brasil).
E sim, a gente viu esse tipo de história antes. Central do Brasil (1998) com Dora (Fernanda Montenegro) e Josué (Vinícius de Oliveira); Verão Feliz (1999) com Kikujiro (Takeshi Kitano) e Masao (Yusuke Sekigushi); Up - Altas Aventuras (2009) com Carl Fredricksen e Russell; Um Santo Vizinho (2014) com Vincent (Bill Murray) e Oliver (Jaeden Martell). Uma criança, com sua inocência, sua imaginação, sua falta de contaminação com a brutalidade do mundo adulto, encanta e muda um ser calejado e cínico durante a narrativa. É uma ideia romântica mas que, tirando todo o chantilly do storytelling construído para nos emocionar, tem seu grau de probabilidade.
Do mesmo jeito que os filmes da franquia Star Wars, The Mandalorian também mexe com uma das narrativas universais da humanidade: o senso primordial de proteção que pinta quando vemos uma criança, um bebê. Aquela vida, na nossa cabeça, precisa ser protegida e nutrida - é um instinto natural, animal. E é inclusive isso que eu espero que seja explicado no livro que eu comprei, o The Power of Cute, e que é de fato explorado no kawaii da cultura japonesa. O capitalismo (ah, sempre ele!) mexe com essa nossa característica inerente para fazer a gente gastar mais dinheiro: com o Pikachu, com Amar É…, e agora com o Baby Yoda em si.
E é boa a série? Olha, eu não sou o mais fanático por Star Wars, daqueles nerds que sabem todos os momentos que os mandalorianos apareceram na saga. Mas acompanho e acho divertido. Então a minha medida para dizer se a série é boa é o quanto ela está me divertindo.
Está me divertindo. É isso. kkkkkkk