Wakabara

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O grito que eu dei (ou o chamado que fiz?)

Você conhece. Você sabe. É só olhar a imagem.

Sadako é uma das coisas mais assustadoras que já existiram. O ano era 1998 e Ringu (em inglês Ring e aqui no Brasil O Chamado) era o maior exemplo do novo terror que vinha do Japão. Ainda não tinha essa de baixar filme, então você precisava ir até uma locadora para alugar, imagina só? Era meio que um movimento, vários filmes japoneses nessa onda, como O Grito (2002), Água Negra (2002), Pulse (2001), Suicide Club (2002)… A maioria deles ganhou versão hollywoodiana - The Ring de 2002, com Naomi Watts como a mocinha e Samara no lugar de Sadako, dá medo mas não passa perto do pavor que você sente com o terror psicológico japonês, o tempo suspenso, as imagens bizarras em lo-fi da TV.
Até a ideia do longa é meio antiga: uma fita de vídeo amaldiçoada que você assiste e, a partir daí, morre em exatos 7 dias. Tem um aparelho de videocassete? Pois bem, nem eu, acho que um dos grandes desafios em 2019 seria você achar um para sequer chegar a ser tocado pela maldição… uma pena! kkkkk
Só que Ringu é tão legal que rendeu continuações - tem até uma prequência, a Ringu 0 de 2000! Sadako virou um personagem pop. Dê o play - se for capaz:

Mas agora foca em O Grito, no original Ju-on. O filme, que também ganhou versão hollywoodiana (com Sarah Michelle Gellar), conta com outra cabeluda assustadora: Kayako.

Kayako fez tanto sucesso quanto Sadako, tanto que existe um filme tipo Alien vs Predador com as duas. Simplesmente maravilhoso, não? O famoso "não vi e quero ver com certeza":

Tudo isso para contar que agora Kayako vai ganhar não só uma mas duas novas versões, ambas ocidentais. Uma é em série para Netflix (claro, mais uma vez ela), sobre a qual não se sabe tantos detalhes. Outra é para o cinema, diferente da com a Sarah Michelle lançada antes (ou seja, formando um outro "cânone"), que conta com direção de Nicolas Pesce e tem no elenco Andrea Riseborough, Démian Bichir e o nosso querido John Cho! Ninguém falou se Kayako vai mudar de nome nessas versões. Na primeira versão norte-americana, Kayako era Kayako mesmo. Espero que a tradição continue - hahahaha!

E se você está se perguntando se essa onda de j-terror era parecida com o pós-terror de agora (falei dele nesse post)… Hum, de certa forma sim, eram filmes de baixo orçamento e que privilegiavam um terror psicológico no lugar de muito sangue e gore. Gosto e recomendo!