Wakabara

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Nem tudo está perdido no reino de Ryan Murphy: The Politician promete e AHS: 1984 nem é tão ruim

Essa é uma daquelas ocasiões raras nas quais vou ceder na minha opinião sobre Ryan Murphy.
Pois Murphy virou aquele cara que a gente adora falar mal - continuamos assistindo tudo o que ele faz, e em seguida dizemos “Ah, Gabi, no meu tempo era bem melhor, só quem viveu sabe…"

Bom, eu fiquei a ponto de fazer isso com The Politician, a série de Murphy para a Netflix que traz Jessica Lange de volta aos braços dele (uhu!!!), Gwyneth Paltrow de volta aos braços dele (er, nem tanto uhu, mas, oba, que legal!) e…
Ah, cuidado, vai ter spoiler.

VAI TER SPOILER

Continue por sua conta e risco.

Fiquei com muito receio da Murphy ter dado a louca e feito uma coisa bem baseada em, er, políticos. Não é bem assim: ele até que está num ambiente no qual se sente muito confortável, ou seja, no Ensino Médio. E nos momentos em que fica confortável demais (leia-se Glee nas horas mais musicais bem desnecessárias para alguém como eu que não gosta de musicais) é quando a coisa fraqueja.

A série começa muito bem. Tem esse momento bem Glee lá quase no fim (O que você pode esperar? Até Pose já teve momentos Glee!). Depois volta a melhorar, eu juro. Fala sobre privilégio (e a falta de privilégio). Tira um sarro sobre como os políticos sempre chegam desse background, são privilegiados, e falam sobre o melhor para todos sem ter muita ideia de quem são todos.
E só no final que você entende que esse era apenas um prelúdio para a série real!!!
Sim, pois é!

Antes, alguns destaques:

É mais do que provável que a próxima temporada de The Politician dê continuidade à trama que começa no último episódio da primeira. Ou seja: vamos ver Payton (Ben Platt) concorrendo com Dede Standish (Light) à vaga de senado de NY.
Quer dizer, vai ser bem mais política agora, apesar do foco ser na disputa e nas intrigas da disputa. Mas agora me conquistou e quero ver o que acontece com os personagens aos quais já me apeguei! Que tacada de mestre, hein?

“Queremos a segunda temporada já!"

Agora, posso falar de American Horror Story: 1984 de novo?
Já fiz um texto sobre a série quando assisti ao primeiro episódio e realmente nada mudou: o começo é um esculacho.
Mas não é que vai melhorando, menino?
Achei que a história ia ser uma versão redundante dos filmes slasher adolescentes dos anos 1980 - e realmente é. Só que ela acaba no quinto episódio. E a temporada tem 9 episódios. E agora?
O sexto, que veio a ser também o 100º episódio se a gente contar as temporadas anteriores, foi ao ar. E ele leva a trama adiante…

Eita, que que tá contecenooooo?

Um pulo no tempo, para 1989. Margaret Booth (Leslie Grossman) se transformou numa magnata que compra lugares “amaldiçoados” e lucra explorando essa aura maldita deles em um turismo, no mínimo, questionável. Uma de suas propriedades, aliás, é a Briarcliff Manor, o sanatório de AHS: Asylum.
Onde a série vai chegar? Brooke (Emma Roberts) é salva por Dee Dee (Angelica Ross) do corredor da morte. Richard Ramirez (Zach Villa) também consegue escapar - do mesmo corredor da morte! Mr. Jingles (John Carroll Lynch) tentou ter uma vida normal e não deu certo.
E se aproxima o Halloween - momento crucial na mitologia da série, o dia em que os mundos dos mortos e dos vivos se encontram…
Expectativas? Sugestões, alguém? Sarah Paulson vai fazer participação especial? E como?

Aguardamos ansiosos. Obrigado, Murphy, por voltar a fazer folhetim divertido. É o mínimo, né?

I think I'll die another day…